Em clima eleitoral, Landim e Leila têm Libertadores como trunfo político
A Libertadores da América tem enorme peso esportivo, mas pode vir a fazer também diferença política nos próximos mandatos dos dirigentes máximos de Palmeiras e Flamengo.
Leila Pereira foi confirmada como presidente do Palmeiras há uma semana, quando sua chapa, única no pleito, recebeu o número de votos necessário para ser ratificada. De modo que o resultado do jogo já não altera esse panorama.
Por outro lado, é evidente que ela terá um caminho administrativo menos complicado se puder iniciar seu mandato com a Libertadores na prateleira. Já enfraquecida, a oposição terá ainda menos munição contra a proprietária da Crefisa. Isso sem falar do caixa. O time campeão da Libertadores receberá R$ 49 milhões a mais que o vice-campeão.
Landim joga por (mais) paz e caixa abarrotado
Presidente do Flamengo desde janeiro de 2019, Rodolfo Landim busca a reeleição no Flamengo na condição de amplo favorito ao pleito do dia 5 dezembro, que irá eleger o mandatário do clube para o próximo triênio.
Com títulos em seu cartel e o clube saneado financeiramente, Landim não deve ter problemas na eleição, mas sabe também que uma possível segunda Libertadores poderia fazer com que sua segunda gestão começasse sem questionamentos e com a promessa de cofre abarrotado.
O resultado em campo dificilmente mudará os rumos das urnas, porém o clima na Gávea na semana que vem estará muito condicionado ao jogo do Centenário. Em um duelo direto com o maior oponente no futebol do Brasil, Landim optou por não acirrar os ânimos e valorizou o encontro de hoje.
"Fla e Palmeiras são adversários, não inimigos. Considero o Mauricio Galliote um amigo. Todo mundo quer ganhar. Vai ser uma final dos dois últimos campeões, um tira-teima importante", disse ele, que acrescentou:
"Para começar, esse jogo tem um impacto direto no valor do prêmio, pois são 9 milhões de dólares de diferença. Ainda tem o Mundial de Clubes, uma série de coisas. Tem o impacto econômico, mas o esportivo é superior".
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