Campeão da Libertadores, do Brasileirão e da Copa do Brasil pelo Grêmio nos anos 1990, o técnico Luiz Felipe Scolari retornou ao clube para a sua terceira passagem logo após deixar a seleção brasileira que havia perdido por 7 a 1 da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, em uma tentativa de resgatar a carreira depois de um momento complicado.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, o ex-assessor de imprensa do Grêmio, João Paulo Fontoura, o JP, conta a sua preocupação no momento em que soube que Felipão voltaria ao clube logo depois do maior vexame da história da seleção brasileira e a repercussão que teria.
"A passagem do Felipão naquela época, dura de um ano para o outro. A gente só lembra de fato que ele veio depois da Copa, 15 dias, e isso para mim, como assessor de imprensa, naquele ano era o meu primeiro ano sozinho na assessoria de imprensa do clube. Eu lembro que quando fui avisado que o Felipão estava vindo logo depois do 7 a 1, eu não tenho medo em dizer que senti frio na barriga. O resultado da seleção passa a ser pauta do vestiário do Grêmio para qualquer jogo que o Grêmio for fazer a partir de agora", afirma JP.
O jornalista afirma que Felipão sempre foi respeitoso durante sua passagem pelo Grêmio e defende o treinador de críticas, lembrando que aquele era um momento difícil do clube, que perdeu muitos jogadores de um ano para o outro e precisou apostar nos atletas revelados pelas categorias de base.
"O Felipão no trato com o pessoal, pelo menos comigo, foi sempre tranquilo. Uma pessoa de muito mais idade do que eu, sempre respeitoso em relação à função de assessor de imprensa, sempre ouviu, aqueles minutos que antecedem uma entrevista, que tu atualiza a classificação, fala o que mais ou menos as pessoas estão comentando nas redes sociais, o que as rádios falaram, antecipar possíveis pautas e tal, o Felipão sempre foi atencioso", diz JP.
O ex-assessor ressalta que teve grande aprendizado com Felipão durante o período, que se encerrou em 2015 e que teve um episódio no qual o técnico se irritou e foi embora de campo no meio de uma partida do Campeonato Gaúcho.
"É justo que a gente faça a seguinte ponderação, a seguinte contextualização, ali, houve o rompimento financeiro do clube, digamos assim. Eu lembro no início da trajetória de 2015, saía um jogador por dia: Barcos, Dudu, Riveros, Zé Roberto, Pará. Vou estar esquecendo outros aqui, mas o grupo se desmanchou e houve uma necessidade de, não é nem investir, [colocar] a gurizada para jogar, os pratas da casa, então, o início de trabalho de 2015 foi bastante complicado", afirma JP.
"A passagem do Felipão tem muitos aspectos dentro e fora de campo. Eu vejo assim, para mim foi um aprendizado ter trabalhado com ele", conclui.
O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no Youtube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.
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