Após Sobis e Cabral, outros 10 devem deixar o Cruzeiro em reformulação
A permanência do técnico Vanderlei Luxemburgo, garantida para a temporada de 2022, traz ao torcedor do Cruzeiro a esperança de que o próximo ano poderá ter melhor planejamento que os dois anteriores. Com a continuidade do trabalho acertada, o treinador já trabalha há algum tempo com nomes que possam chegar e fazer com que o time se torne competitivo na busca do acesso. No entanto, para que mais gente chegue, outros atletas precisam sair, e é aí que entra o processo de reformulação da Raposa.
Antes de ser punido pela Fifa com o transfer ban, o Cruzeiro contratou 17 jogadores para a temporada de 2021. Muitas delas não geraram custos de transferências, mas ajudaram a aumentar a folha de pagamento —grande problema do clube no ano, que enfrentou dificuldades de colocar os salários em dia, o que resultou até em paralisação dos jogadores.
Dos jogadores que tinham contrato até dezembro deste ano, apenas o goleiro Fábio renovou. O atacante Rafael Sobis e o volante Ariel Cabral puxaram a fila das despedidas e a tendência é de que, pelo menos, outros 10 jogadores deixem a Toca da Raposa: os laterais Norberto e Jean Victor, os zagueiros Rhodolfo e Léo Santos, os volantes Flávio e Giovanni, além dos atacantes Wellington Nem, Dudu, Keké e Felipe Augusto.
Após o último jogo do ano, contra o Náutico, pela 38ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, Luxemburgo informou que o clube já tinha definido os jogadores que não seguiriam para 2022, mas não revelou os nomes.
"Terminou a temporada, já sabemos quem fica e quem sai, já passamos para a diretoria. Os jogadores sabem disso. Em entrevista nenhuma falei quem sai ou quem fica porque não tinha que falar, tinha um último jogo. E o mercado é muito ávido, muito rápido de informação e não queria que fosse dessa forma. Até porque tinha jogador buscando o seu espaço até o último jogo", explicou.
Barca de que não deu certo
Dos dez jogadores que caminham para deixar o clube, sete foram contratados em apenas uma semana. O 'pacotão' se deu pelo fato de que o Cruzeiro previa a punição da Fifa e quis se reforçar antes de ficar impossibilitado de registrar novos atletas. Dos citados, Léo Santos terminou a temporada como titular com Luxemburgo, Rhodolfo sequer foi relacionado para o último jogo. Norberto e Jean Victor viram jogadores de outras posições serem improvisados nas laterais com Luxa.
Dívidas seguem altas
O Cruzeiro divulgou o balanço da gestão do presidente Sergio Santos Rodrigues referente ao primeiro semestre deste ano, com prejuízo de R$ 68,4 milhões. O déficit acumulado fechou em R$ 988,9 milhões —alta de 7,3% em comparação com os R$ 921,1 milhões do balanço de 2020. Chamam atenção os números das obrigações trabalhistas que foram de R$ 163,5 milhões para R$ 222,4 milhões.
S.A.F. é esperança
O projeto de transformar o Cruzeiro em clube-empresa é a grande esperança de montar um time competitivo para 2022, manter salários em dia e negociar dívidas. Nessa segunda-feira (29), o presidente do Cruzeiro, Sergio Santos Rodrigues, informou que o pedido de registro da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) já havia sido feito. O clube espera o aporte de R$ 500 milhões e já trabalha na captação de investidores.
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