SPFC gasta R$ 65 mi a mais que o previsto com futebol profissional em 2021
O São Paulo teve gasto superior ao previsto com o futebol profissional em 2021. De acordo com o balancete divulgado pelo clube referente ao acumulado do ano até setembro, as despesas envolvendo o departamento foram de R$ 302,51 milhões. O esperado para o período era de R$ 236,79 milhões, ou seja, R$ 65,71 milhões a menos do que efetivamente foi gasto.
Os custos totais do futebol profissional são uma soma de diversas despesas: salários, direitos de imagem, materiais, renovações de contratos, contratações de jogadores, manutenção, entre outros.
O principal responsável por ultrapassar o valor previsto foi o gasto com pessoal e direitos de imagem. O clube esperava desembolsar R$ 113,94 milhões nessa despesa, mas acabou gastando R$ 182,96 milhões. No balancete, o São Paulo aponta a troca da comissão técnica como um dos fatores que elevaram a quantia. Em meados de outubro, o clube tricolor acertou a saída de Hernán Crespo e trouxe Rogério Ceni para o seu lugar.
Além da comissão técnica, outros pontos são justificados pelo São Paulo para o gasto no futebol profissional: nove contratações para a equipe principal, a profissionalização e a contratação de 19 atletas para o sub-20 e as renovações de contratos do zagueiro Diego Costa, do lateral Welington e dos meias Gabriel Sara, Igor Gomes, Luan, Rodrigo Nestor e Talles Costa.
O clube também incluiu no balancete os valores que serão gastos até o fim do próximo ano nos acordos de rescisão de contrato do atacante Everton Felipe e do lateral-direito Daniel Alves. O São Paulo tinha dívida entre R$ 15 milhões e R$ 18 milhões com esse último.
"Os investimentos realizados visam proporcionar condições de melhorar a performance esportiva da equipe de futebol, além de mitigar o problema de substituições futuras [contratações emergenciais para reposição do elenco, com possível queda de performance], decorrentes da cessão definitiva de atletas profissionais, previstas para acontecer até o final do exercício de 2021", justifica o São Paulo no balancete.
Receitas do profissional estão abaixo do previsto
Na parte de receitas, o São Paulo ainda não atingiu o previsto para o ano. O clube esperava arrecadar R$ 330,28 milhões com o futebol profissional e o marketing, mas conseguiu apenas R$ 302,71 milhões até o momento. A quantia é a soma do arrecadado com negociação de atletas, direito de transmissão, publicidade e patrocínio, sócio torcedor, arrecadação de jogos e licenciamento da marca.
Um dos responsáveis pela diferença é a negociação de atletas. No orçamento aprovado pelo conselho deliberativo, o clube teria que arrecadar R$ 144,65 milhões com a venda de jogadores. Até o momento, o São Paulo conseguiu apenas R$ 75,84 milhões.
O conselho fiscal do clube emitiu parecer com base no balancete divulgado. Os cinco membros que assinam o relatório de 11 de novembro disponível no site oficial do São Paulo consideram urgente que o clube aumente a venda de jogadores na próxima janela de transferências.
A negociação de atletas é o único ponto que o São Paulo não superou suas expectativas. O clube esperava, por exemplo, arrecadar R$ 159,83 milhões com direitos de transmissão, mas a quantia já está em R$ 190,29 milhões.
Apenas no Brasileirão, o valor a mais foi de R$ 16,78 milhões. O clube justifica a diferença por causa da exposição em TV aberta, TV fechada e os contratos de TV internacional e exposição no pay-per-view que, segundo a cúpula tricolor, foram superiores à previsão inicial.
O clube ainda recebeu R$ 6,91 milhões a mais do que o previsto. A quantia é referente ao desempenho em campo. O São Paulo esperava chegar às oitavas de final da competição, mas acabou avançando até as quartas, quando foi eliminado pelo Palmeiras.
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