Família de vítima do incêndio no Ninho aciona o Flamengo na Justiça
Familiares de Christian Esmério, uma das vítimas fatais do incêndio do Ninho do Urubu, acionaram o Flamengo na 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), pedindo um total de R$8.440.000,00, com danos morais e pensionamento. A família do goleiro foi a única, até aqui, que ainda não chegou a um acordo com o clube quanto à verba indenizatória.
Ontem (1), o Rubro-Negro fechou um denominador comum com a mãe de Rykelmo, até então único caso que estava nos tribunais. No atual cenário, a diretoria chegou a 10 resoluções em 11 negociações. A informação sobre a ação da família de Esmério foi publicada, primeiramente, pelo GE e confirmada pelo UOL Esporte.
"Dúvidas não existem acerca da responsabilidade objetiva do clube réu, sendo, inclusive, a mesma reconhecida pelo clube réu, o qual fez acordos para evitar a judicialização do caso.
Como se disse, o clube réu detinha a guarda e vigilância das crianças vitimadas no trágico acidente, as quais estavam alojadas em suas dependências, diga-se, desde logo, sem as menores condições para tal e sem as devidas autorizações legais para tal", diz trecho do documento.
Na documento, foi apontado que não há, na Justiça brasileira, caso parecido com o do Ninho do Urubu. "As convergências do caso em tela extrapolam os precedentes existentes na nossa justiça, tendo em vista as peculiaridades do caso".
Além disso, foi citado como um exemplo de cálculo de valor de indenização o caso de João Alberto, que, há cerca de um ano, foi assassinado por seguranças de uma dos supermercados da rede Carrefour. "Optou por fechar um acordo com a família do Sr. João Aberto pelo valor de R$5.200.000,00 (cinco milhões e duzentos mil reais)".
Procurado, Rodrigo Dunshee, vice-presidente Geral e Jurídico do Rubro-Negro, lamentou a movimentação, mas afirmou que o clube está "mantendo a coerência". O dirigente assegurou que a cúpula está aberta para dialogar com a família de Christian:
"Não podemos ser injustos com todas as 25 famílias que fizemos acordos, em especial as nove dos nossos 10 atletas que perderam a vida. Estamos mantendo a coerência dentro dos padrões que foram realizados os últimos acordos. Lamentamos a ação (porque entendemos que é pior para todos) e seguimos abertos para conversar. Tenho carinho por essa família e eles sabem que estamos sempre aqui para conversar".
No incêndio no Ninho do Urubu, que aconteceu em fevereiro de 2019, 10 jovens morreram e outros três ficaram feridos.
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