Flamengo: veja números de Renato, Ceni e Dome em comparação com Jorge Jesus
A diretoria do Flamengo está no mercado em busca de um novo treinador. Em meio a uma reta final de Campeonato Brasileiro e a um processo eleitoral que bate à porta, a cúpula rubro-negra tenta um tiro sempre com a expectativa de repetir o "efeito Jorge Jesus".
Desde a saída do técnico português, em meados do ano passado, foram três treinadores, e uma sombra que nunca conseguiu ser superada. Desta vez, uma vantagem é o fato de o comandante chegar a tempo de iniciar a temporada.
Durante a gestão de Rodolfo Landim, de 2019 a 2021, o único novo nome a conseguir isso foi Abel Braga, justamente o primeiro técnico contratado pela atual diretoria. De lá para cá, todas as trocas — por vontade do clube ou não — aconteceram no decorrer do calendário. No caso de Domènec Torrent e Renato Gaúcho, sequer conseguiram virar o ano.
Mas não é à toa que os rubro-negros sentem saudade de Jesus. Ele deixou o clube com 81,2% de aproveitamento, em números gerais, além da plasticidade do jogo apresentado e, claro, mais importante, dos cinco títulos — Libertadores e Brasileiro de 2019, Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Carioca de 2020.
Jesus se despediu em julho, ao aceitar proposta do Benfica, clube de seu país natal. Para a vaga, o Fla acertou com o espanhol Domènec Torrent, que teve 64,1% de rendimento e não aguentou a pressão após duas goleadas consecutivas no Brasileiro, 4 a 0 para o Galo e 4 a 1 para o São Paulo. O fato de o setor defensivo sido vazado muitas vezes foi um dos problemas que acompanharam o trabalho do ex-auxiliar de Guadiola.
A cúpula, então, mudou o rumo e voltou a apostar em um técnico brasileiro. O escolhido foi Rogério Ceni, à época no Fortaleza. Com ele à beira do gramado, o Rubro-Negro conquistou o bi do Brasileiro, o Carioca de 2021 e a Supercopa do Brasil, mas os resultados estavam aquém do esperado, com 59,2% de aproveitamento.
Renato Gaúcho foi o mais recente a se despedir do comando técnico, com o peso da eliminação na semifinal da Copa do Brasil, vice da Libertadores e chances remotas de conquistar o tri do Brasileiro. Em termos de aproveitamento, porém, foi melhor que os dois antecessores e conseguiu 72,07%.
A cúpula analisa nomes, mas as tratativas devem avançar de forma mais contundente apenas após sábado, quando acontece a eleição presidencial. Atual mandatário, Rodolfo Landim é o favorito.
Críticas à diretoria
Antes da partida contra o Ceará, na última terça-feira, no Maracanã, pelo Brasileiro, alguns torcedores fizeram protestos tanto fora quando dentro do estádio. Em meio às críticas à cúpula, um dos alvos foi o Marcos Braz, vice-presidente de Futebol. Landim também não foi poupado.
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