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SPFC: Conselheiro pede que reunião sobre estatuto seja transmitida ao vivo

Estádio do Morumbi pronto para receber São Paulo x Flamengo na última rodada do Brasileirão 2020 - Divulgação/São Paulo FC
Estádio do Morumbi pronto para receber São Paulo x Flamengo na última rodada do Brasileirão 2020 Imagem: Divulgação/São Paulo FC

Brunno Carvalho e Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

03/12/2021 20h46

O conselheiro do São Paulo Fábio Castello Branco Mariz de Oliveira fez um requerimento ao conselho deliberativo são-paulino para que a reunião do próximo dia 16 de dezembro seja transmitida ao vivo para o público. O encontro votará a reforma estatutária do clube.

O UOL Esporte teve acesso à carta destinada a Olten Ayres de Abreu Júnior, presidente do conselho. Nela, Mariz de Oliveira defende que não permitir que os sócios do São Paulo e os torcedores do clube não acompanhem a reunião seria algo negativo para o desejo de transparência do órgão.

"Privar os interessados de adquirirem dados que permitirão a formação de sua convicção sobre o tema, irá de encontro com todos os princípios básicos de transparência, o que se sabe não ser corroborado por V. Excelência. Destaca-se, inclusive, que foi em seu mandato que se iniciaram as transmissões via YouTube, o que foi um passo extremamente importante para diminuir a distância do Conselho Deliberativo e dos aficionados pelo São Paulo Futebol Clube", diz o texto.

Mariz de Oliveira se apega ao fato de a reunião ser feita de maneira hibrida para fazer o tal pedido. Por causa da pandemia da covid-19, os membros do conselho deliberativo poderão comparecer presencialmente ou acompanhar o encontro por streaming.

O conselheiro ainda cita um abaixo-assinado feito pela torcida do São Paulo pedindo para que a reunião seja aberta ao público. Até o momento, mais de 9.300 pessoas já assinaram o requerimento. "Um número considerável se formos levar em consideração que nós temos algo em torno de 4 mil votantes em nosso quadro associativo", defende.

A reunião deveria acontecer no último dia 18 de novembro. Por causa da situação do São Paulo no Brasileirão, no entanto, o órgão optou por adiar o encontro para 16 de dezembro. Antes disso, o clube exigiu que os conselheiros mantenham confidencialidade sobre as alterações que serão analisadas, e não as publiquem nem discutam com terceiros.

Um grupo de conselheiros de oposição protocolou em 11 de novembro documento pedindo que a confidencialidade seja retirada e as propostas possam ser abertamente discutidas com os associados e demais membros da comunidade são-paulina. O requerimento também pede que as alterações sejam votadas separadamente, uma a uma, e não como um documento único.

A principal mudança proposta para o estatuto traria de volta a possibilidade de reeleição: atualmente, é permitido ao presidente apenas um mandato de três anos. Com a mudança, volta a ser possível a reeleição para um segundo mandato de três anos.

O quórum eleitoral já restrito do clube também seria reduzido: atualmente, 260 conselheiros elegem o presidente. Com a reforma em pauta, passariam a ser 200 votantes, sendo 120 deles conselheiros vitalícios, que não estão sujeitos a eleições pelos associados do clube.

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