Atlético não garante manutenção de Diego Costa, mas quer vê-lo protagonista
Mais de 60 mil torcedores no Mineirão, a 16ª vitória consecutiva como mandante, outro gol do Hulk, homenagem aos ídolos do passado e o troféu do Campeonato Brasileiro voltou a ser do Atlético-MG depois de 50 anos. Mas uma resposta de Diego Costa, ainda no gramado, durante a comemoração pelo título fez com que nem tudo fosse perfeito para o atleticano. Será que Diego Costa pode mesmo não ficar na Cidade do Galo em 2022?
É a dúvida que todos os torcedores alvinegros têm desde o domingo à tarde.
"Sempre tive o sonho de ganhar o Campeonato Brasileiro no país em que nasci. Eu queria muito ganhar esse campeonato. Não esperava que poderia acontecer da melhor maneira possível, chegar, no primeiro ano, conquistar o título nesse clube maravilhoso. Demonstrando o melhor futebol, um grupo familiar impressionante, então, sou muito grato, eles me fizeram campeão. No ano que vem tem muitas coisas que podem acontecer, pode ser que eu fique, pode ser que eu saia", disse o centroavante, em entrevista à Rádio 98 FM.
A última frase dita por Diego Costa foi o suficiente para colocar um ponto de interrogação na cabeça do atleticano. Momentos depois de levantar o troféu do Campeonato Brasileiro e alguns dias antes da final da Copa do Brasil, o receio é sobre a permanência ou não do camisa 19 para o ano que vem. Para esclarecer a situação, o UOL Esporte conversou com pessoas ligadas ao jogador e também com fontes do clube.
Diego Costa tem contrato com o Atlético até o fim de 2022 e não há uma cláusula que libere o atacante em caso de proposta de alguma equipe estrangeira. Portanto, se em breve surgir algum time interessado no jogador, será necessário sentar e negociar com os dirigentes atleticanos. Liberar Diego Costa para outro clube brasileiro é algo fora de cogitação dentro do Galo — como surgiu a especulação que ele teria sido oferecido ao Corinthians. Mas nem por isso a permanência do jogador está garantida na próxima temporada. O clube quer contar com o atacante mais um tempo.
E existem alguns fatores que fazem o Galo não cogitar a hipótese de perder Diego Costa. Anunciado em 14 de agosto, ele estreou 15 dias depois, com gol, no empate em 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, pela 18ª rodada do Brasileirão. Duas semanas de treinos foram suficientes para um jogador que não atuava desde dezembro de 2020 ter condições de jogar por alguns minutos. Diego Costa ajudou o Galo na conquista do Brasileiro, mas não foi protagonista. Até por não estar 100% fisicamente.
A aposta dentro do clube é de que o camisa 19 estará em condições físicas melhores na próxima temporada. Se em 2021 ele foi um coadjuvante, há dentro do Atlético quem aposte que Diego Costa será o grande nome do time em 2022, ao lado de Hulk. Mesmo sem jogar na condição ideal, Diego logo caiu nas graças da torcida. O domínio de bola, os passes de primeira, a disputa com os zagueiros, a capacidade de finalização e muitos outros atributos. Imagina quando estiver 100%?
É o que o Atlético conta para a próxima temporada. Com Diego Costa inteiro, completamente adaptado ao futebol brasileiro e com o mesmo tempo de trabalho dos demais jogadores do elenco. Portanto, muito mais decisivo foi que foi em 2021. "Nós estamos satisfeitos com ele", disse o diretor de futebol Rodrigo Caetano, em entrevista ao programa Donos da Bola, da Band Minas.
Se pelo lado do clube há uma confiança no protagonismo de Diego Costa na próxima temporada, pelo lado do jogador há o desejo de retornar ao futebol europeu. Não necessariamente agora, mas em algum momento antes de encerrar a carreira. O atacante ficou 15 anos no futebol europeu, até topar o desafio de voltar ao Brasil para defender o Atlético. Com nacionalidade espanhola, o jogador ainda tem residência em Madri (ESP).
Mas, no momento, Diego ainda não tem nenhuma proposta em mãos. Ao contrário de Hulk, o contrato de Diego Costa não tem cláusula de renovação automática para 2023. Além disso, trocar o Galo por outro clube brasileiro ainda não é um atrativo para o jogador.
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