O vídeo de uma garota corintiana que teve seu cartaz rasgado por uma policial durante a triagem para a entrada na Neo Química Arena no último domingo, no jogo entre Corinthians e Grêmio, causou revolta nas redes sociais e mobilizou até o goleiro Cássio, para quem era endereçado o cartaz, que se comprometeu a dar uma camisa e uma luva para a criança.
No UOL News Esporte, Mauro Cezar Pereira afirma que o episódio é revoltante, questiona qual a experiência que é proporcionada para a criança e que deveria haver uma averiguação de quem foi a pessoa responsável por isso, além de mobilização para que não volte a ocorrer um episódio como este, que estraga a festa nos estádios de futebol.
"Esse país é o país da proibição, é a crise do pequeno poder, essas autoridades que só restringem os direitos do torcedor, não pode nada. Em São Paulo, especialmente, não pode nada, é um negócio patético. Acho que isso deveria ser levado mais adiante, averiguar quem foi a pessoa que fez isso, qual foi a policial, quem a chefiava no momento por que fez isso, quem deu essa ordem cretina, porque isso é uma grande sacanagem. Não se faz isso com torcedor nenhum, ainda mais com uma criança", diz Mauro Cezar.
"Você vê ali a decepção dela, é revoltante isso aí, é um negócio revoltante. Eu acho que é muito legal o Cássio ter uma atitude de tentar amenizar a decepção da criança, mas, pelo amor de Deus, gente, isso não tem o menor cabimento, isso é uma coisa bizarra. Eu acho que a sociedade tem que começar a questionar mais isso e essas ditas autoridades, porque é demais, o que eles fazem com o futebol é uma sacanagem muito grande", completa.
O jornalista lembra episódios de sintonia entre torcedores jovens e jogadores, como nas comemorações de Gabigol com os cartazes feitos pela torcida no Maracanã e chama a atenção para o fato de que não apenas a garota não pôde entrar no estádio com o cartaz, como ele ainda foi rasgado.
"A criança leva o cartaz, não pode e ainda rasga o cartaz, pelo amor de Deus, sensibilidade de um javali ali para fazer a triagem das pessoas que entram no estádio. Isso não tem cabimento, isso é revoltante. Sinceramente, vi esse vídeo ontem e fiquei e ainda estou muito revoltado. Acho isso um absurdo, acho que o Corinthians deveria fazer alguma coisa, deveria questionar quem foi, por que fez isso, quem deu essa maldita orientação, quem foi o incapaz que teve essa ideia bizarra", diz Mauro.
"Não adianta também ficar no 0 a 0. Amanhã, vai fazer de novo com outras pessoas. Se faz com uma criança, imagine com um adulto, que não está fazendo nada demais em levar um cartaz para um estádio de futebol. É muito difícil. Hoje, a experiência de ir a um estádio é muito menos empolgante, muito menos emocionante do que era no passado, porque a festa do torcedor vem sendo asfixiada há muito tempo e sempre com o argumento de proteção com a violência, quando não tem nada a ver a violência", conclui.
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