Grêmio já escapou do rebaixamento na última rodada do Brasileiro. Lembra?
O Grêmio vai viver, hoje (9), uma experiência que já encarou outra vez no Campeonato Brasileiro de pontos corridos. O jogo contra o Atlético-MG, em Porto Alegre, vale a permanência na primeira divisão para o clube gaúcho —dependendo também de uma combinação de resultados. Em 2003, um time com Anderson Lima, Roger Machado e Christian conseguiu escapar da Série B graças a uma vitória sobre o Corinthians, no antigo estádio Olímpico.
Agora, 18 anos depois, não basta ao Grêmio somente vencer. O time gaúcho precisa ganhar e torcer para que Juventude e Bahia percam os jogos contra Corinthians e Fortaleza, respectivamente. A partida na Arena do Grêmio começa às 21h30 (horário de Brasília).
Em 2003, o Grêmio chegou à última rodada do Brasileirão ainda na luta contra o rebaixamento, mas em posição um pouco mais confortável. A chance de queda para a Série B fora reduzida rodadas antes, mas a vitória naquele 14 de dezembro ainda era vital. Do outro lado estava um Corinthians já livre de risco, mas frustrado com o desempenho ao longo de toda temporada.
O Grêmio, então comandado por Adilson Batista, tinha concorrentes como Fortaleza, Ponte Preta e Paysandu. O Bahia já havia entrado na última rodada com a Série B como destino confirmado para 2004.
Ao longo da 46ª rodada, os resultados foram se sucedendo. Em partidas simultâneas (somente São Paulo e Flamengo jogaram mais tarde, às 18h). Em Belém, o Paysandu empatou com o Atlético-PR por 2 a 2. Em Campinas, a Ponte Preta fez 2 a 0 no Fortaleza. E em Porto Alegre, o Grêmio aplicou 3 a 0 no Corinthians.
George Lucas e Bruno, formados na base do Grêmio, fizeram dois gols. O lateral direito George chegou a errar pênalti, defendido por Doni, mas marcou no rebote. E o meia-atacante Bruno anotou em cobrança de falta. Na etapa final, o veterano ala Anderson Lima encerrou o escore.
O Grêmio terminou o campeonato em 20º lugar —o Brasileirão tinha 24 times à época—, um ponto acima do primeiro rebaixado, o Fortaleza. E ao longo da temporada, a luta contra a degola foi traumática.
"No segundo semestre daquele ano a minha vida ficou no limbo, não botava o pé para fora de casa, se não fosse para ir aos treinos e aos jogos. Tinha vergonha de levar o meu filho mais velho à creche, aos aniversários dos amiguinhos, ao shopping", lembra Tinga, colunista do UOL, e um dos jogadores daquele Grêmio.
Tinga foi um dos remanescentes do time campeão da Copa do Brasil de 2001. Ao final do Brasileirão, ele e outros nomes que fizeram parte do time que deu visibilidade nacional a Tite deixaram o Grêmio. E, então, veio o campeonato de 2004.
Sem dinheiro, cheio de dívidas e com um elenco fragilizado —bem diferente da realidade de 2020—, o Grêmio agonizou ao longo de todo o Campeonato Brasileiro. Assumiu a lanterna na 29ª rodada e afundou mesmo na tabela. Fez nove vitórias em 43 jogos e caiu matematicamente com três partidas de antecedência. O jogo oficial do rebaixamento foi contra o Athletico-PR, em Erechim, e terminou com empate de 3 a 3 após a equipe de Washington abrir 3 a 0.
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