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Santos caminha ao lado da torcida por redenção no Brasileiro contra Cuiabá

Torcida santista na Vila Belmiro acompanhando o jogo entre Santos e Fortaleza pelo Campeonato Brasileiro. 25/11/2021 - CARLA CARNIEL/REUTERS
Torcida santista na Vila Belmiro acompanhando o jogo entre Santos e Fortaleza pelo Campeonato Brasileiro. 25/11/2021 Imagem: CARLA CARNIEL/REUTERS

Eduardo Nunes

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/12/2021 04h00

O Santos chega à última rodada do Brasileirão livre de qualquer risco de rebaixamento e ainda sonhando com uma vaga na Libertadores. A melhora da equipe no torneio está diretamente associada à presença de público nos estádios: desde outubro, quando houve a liberação da CBF, o aproveitamento do Peixe na Vila Belmiro é de 71,43%. Antes disso, estava em 51,5%.

Para a partida contra o Cuiabá de hoje (9), às 21h30, os ingressos já estão esgotados. Será a sexta vez que o estádio está lotado nos oito jogos realizados desde outubro. Apenas diante do Bragantino e da Chapecoense, a casa santista não atingiu a ocupação máxima permitida.

A diferença do apoio das arquibancadas ficou visível já na primeira vez que ela retornou ao estádio, na vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, quando apenas 30% da capacidade estava liberada. "Nota máxima, e não falo só desse jogo. O envolvimento do torcedor começou na nossa saída para o jogo em São Paulo [contra o São Paulo]. Foi muito legal, os jogadores e torcedores entendendo o momento. Juntos, vamos sair dessa", disse, na época, o técnico Fábio Carille.

Na sequência, as derrotas para América-MG e Palmeiras, intercaladas com o triunfo sobre o Fluminense, não abalaram o bom clima entre torcida e time, que conseguiu embalar três vitórias seguidas nas últimas partidas em casa, todas por 2 a 0, sobre Red Bull Bragantino, Chapecoense e Fortaleza.

Antes disso, o Alvinegro havia vencido apenas quatro vezes e empatando outras cinco nos primeiros 11 compromissos em casa. Caso o aproveitamento, que era de 51,5%, fosse mantido, o Santos teria somado apenas 11 pontos nos sete duelos feitos após a liberação da torcida. Com cinco triunfos no período, o clube somou 15. Sem esses quatro pontos, a equipe estaria com só 45 pontos e entraria em campo ameaçada pelo rebaixamento contra o Cuiabá.

A esperança da Libertadores

Caso confirme a boa série em casa e bata o Cuiabá, o Peixe ainda alimenta o sonho de conquistar uma vaga para a Libertadores, o que seria praticamente uma redenção para o time que passou quase o segundo turno todo ameaçado pela zona do rebaixamento. Além de vencer, a equipe ainda precisa torcer, basicamente, por tropeços de América-MG, Atlético-GO e Ceará. O Alvinegro ainda pode ultrapassar o Fluminense, mas para isso acontecer, o time carioca precisa perder em casa para a Chapecoense.

Além do objetivo principal, outras pequenas metas também podem ser alcançadas na última rodada do Brasileirão. No returno, o Peixe é o quinto melhor time e tem a defesa menos vazada, com 14 gols. Ou seja, basta João Paulo passar não ser vazado (o que aconteceu nas sete vitórias de Carille) para assegurar esse objetivo.

O resultado positivo também causará um grande impacto financeiro aos cofres santistas. Atualmente em 11º, o Peixe embolsaria atualmente R$ 15,5 milhões de premiação da CBF. Mesmo que fique em sem a vaga na Liberta, porém alcance o nono lugar, o valor já subiria para R$ 19,8 milhões. Por outro lado, um revés pode deixar o time em 14º, o que reduziria o valor em sete milhões, ficando em R$ 12,8 milhões.

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