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Grêmio e Bahia 'caem abraçados' após trocarem acusações e brigas com CBF

Diego Souza lamenta durante a partida entre Grêmio e Atlético-MG, pela última rodada do Brasileirão - Pedro H. Tesch/AGIF
Diego Souza lamenta durante a partida entre Grêmio e Atlético-MG, pela última rodada do Brasileirão Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

Colaboração para o UOL, em Morro de São Paulo

10/12/2021 04h00

Bahia e Grêmio foram rebaixados nos últimos minutos da 38ª rodada do Campeonato Brasileiro. O primeiro precisava somente da vitória, mas sofreu a virada do Fortaleza. O segundo precisava vencer o Atlético-MG e fez, mas viu o Juventude se livrar da queda ao derrotar o Corinthians. Ambos os clubes, no entanto, se destacaram por reclamações à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante a disputa da competição nacional.

No fim de novembro, inclusive, o presidente do Grêmio, Romildo Bozan Júnior, até soltou farpas em relação às reclamações do Bahia e de seu presidente, Guilherme Bellintani, à CBF.

"O Grêmio todo jogo que se sente prejudicado, documenta. Faz reclamações e recebe respostas. A Ouvidoria tem confessado erros da arbitragem com todo o processo que tem de reanálise. O Grêmio está denunciando publicamente o receio do jogo com o Bahia. Nada contra o clube Bahia. O que levo é que houve uma situação que a arbitragem efetivamente com toda capacidade para decidir, não decidiu corretamente e isso foi contra o Bahia", declarou o cartola gremista, na época.

A partida foi vencida pelo Bahia, pelo placar de 3 a 1 na Arena Fonte Nova. E, embora os dois clubes tenham feito serem ouvidos os seus pleitos, nada mudou em suas situações no Brasileiro. O tricolor baiano, por exemplo, teve quatro pareceres positivos em suas reclamações.

Em duas delas, contra Juventude e São Paulo, o clube reclamou da não marcação de pênaltis a seu favor, apesar do uso do VAR. A entidade reconheceu os erros. Contra o Flamengo, o time de Salvador reclamou de pênalti marcado para o Rubro-Negro, ao qual a CBF também salientou que 'o reclamante tinha razão'. O mesmo foi dito em relação ao jogo contra o Fluminense, no qual a equipe nordestina reclamou de outro pênalti não marcado a seu favor. Todos os jogos foram disputados no segundo turno.

O Grêmio, no entanto, sofreu punições maiores na competição. Após invasão de sua torcida ao gramado da Arena, num jogo contra o Palmeiras, o clube foi impedido de receber torcedores após decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) —medida considerada desproporcional pelo tricolor gaúcho.

As outras reclamações do clube também foram relacionadas à arbitragem, como na expulsão do jogador Jhonata Robert, contra o Flamengo. Houve discordância sobre um pênalti não marcado em Geromel em jogo contra o Internacional, de pênalti não assinalado contra o América-MG, de gol anulado de Borja contra o Atlético-MG e também da falta que ocasionou o gol da vitória do Galo no Mineirão.

Grêmio e Bahia encerraram a participação na Série A com 43 pontos, na 17ª e 18ª posição. O critério de desempate foi o número de vitórias, em que a equipe gaúcha possuía a vantagem.