Muricy confirma áudio vazado e diz que ele e Ceni permanecerão no São Paulo
Muricy Ramalho confirmou a veracidade de um áudio vazado hoje (10) em que ele criticava a situação do São Paulo e afirmava que deixaria o clube junto com o técnico Rogério Ceni. Em entrevista ao canal do YouTube dos jornalistas e integrantes do podcast "Posse de Bola" Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi, o coordenador de futebol disse ter feito um desabafo, mas afirmou ter mudado de ideia sobre deixar a equipe do Morumbi depois de uma reunião com os diretores Rui Costa, Carlos Belmonte, o presidente Júlio Casares e o próprio Rogério Ceni.
"A gente tem uma esperança pela conversa que tivemos hoje, principalmente com o Rogério, em termos de estrutura, jogadores, pré-temporada. Então a gente vê uma luz no fim do túnel aí e, claro, a gente tem que continuar trabalhando como vamos continuar até a gente achar o caminho", disse.
No áudio vazado, Muricy se mostrava incomodado com o discurso de austeridade feito pela diretoria. O São Paulo acumula uma dívida de R$ 675 milhões e dificilmente fará investimentos altos para reforçar o elenco para a próxima temporada.
De acordo com Muricy, Ceni decidiu permanecer no clube após a conversa de hoje. Ontem, depois da derrota para o América-MG, o treinador condicionou sua permanência à chegada de reforços.
"Ele sabe disso [situação financeira], desde o começo ele sabe disso. Mas a gente está aqui lutando e o Rogério comprou essa ideia, essa briga também, de a gente melhorar o São Paulo. Porque o São Paulo não pode estar em uma situação dessas. Mas estamos aqui para melhor. Foi muito legal essa conversa com o Rogério, porque é um cara muito importante nesse planejamento, e a gente junto faz um time mais forte".
Questionado se haverá uma mudança de perfil na contratação de jogadores, Muricy afirmou que o clube pretende contratar reforços que "sintam o momento".
"É importante ter caras que vistam a camisa, comprometidos com o que está acontecendo. Então a gente vai buscar. Temos aqui vários no nosso plantel, só que o nosso plantel é um pouco desequilibrado dentro de campo, falando tecnicamente. Mas esse é o perfil, de o cara sair do campo bravo, sentir a derrota. O nosso sentimento é que o jogador tem que sentir o que o torcedor sente sente quando perde um jogo, que a vida dele não fique a mesma como a minha também não fica".
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