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Santos volta a pecar na bola aérea, mas defesa alimenta projeção de melhora

Vinicius Baliero e Calleri disputam lance pelo alto na partida entre São Paulo e Santos - Ettore Chiereguini/AGIF
Vinicius Baliero e Calleri disputam lance pelo alto na partida entre São Paulo e Santos Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/12/2021 04h00

O Santos se despediu da temporada empatando com o Cuiabá, em casa, por 1 a 1, ontem (9). Na Vila Belmiro, a equipe voltou a sofrer um gol pelo alto, algo que não havia acontecido nas últimas dez partidas, na arrancada contra o descenso —foram 20 pontos conquistados de 30 possíveis neste período. A melhora da equipe, que garantiu a permanência com uma rodada de antecedência, passou, sem dúvidas, pela eficiência da defesa na bola aérea.

Nas últimas 11 partidas que disputou no Brasileirão, o time somou seis vitórias, três empates e perdeu apenas duas. Carille conseguiu encontrar uma formação com três zagueiros, determinante para acabar com as bolas aéreas que tanto incomodavam a defesa santista, desde seus antecessores.

Para se ter uma ideia, a demissão Diniz teve relação direta com essa fraqueza do time. Ele caiu após a derrota para o Cuiabá por 2 a 1, pelo primeiro turno do Nacional. Neste jogo, o Peixe segurava o empate fora de casa até os 42 minutos do segundo tempo, quando Elton, subiu alto e, de cabeça, determinou a vitória do Dourado.

Carille foi contratado e conseguiu passar seus dois primeiros jogos na Série A sem sofrer gols (os empates contra Bahia e Ceará), mas na derrota por 3 a 0 para o Juventude, o problema defensivo pelo alto voltou a aparecer no Alvinegro. Os dois primeiros gols do Alviverde foram anotados desta forma. Na 26ª rodada, a derrota por 3 a 1 contra o Atlético-MG, e na 28ª, o revés por 2 a 0 diante do América-MG, a equipe ainda voltou a ser vazada deste modo.

Contudo, depois isso, a aposta nos três zagueiros feita pelo comandante funcionou e serviu para a arrancada do Santos. Dos últimos 11 confrontos, o Peixe deixou o campo sem ser vazado em sete deles (nas seis vitórias e no empate com o Atlético-GO). A solidez defensiva foi o principal trunfo para o crescimento do time. Isto dá esperança ao torcedor, que espera, no mínimo, uma temporada melhor em 2022.

A relevância das jogadas pelo alto ficou ainda clara após bater o Flamengo por 1 a 0 na última segunda (6), Carille destacou que a entrada de Zanocelo no time passou por essa análise. "Também nos ajudou muito a parar de tomar gol de bola aérea, que define campeonato", contou.

Vale ressaltar que, no clássico vencido pelo Corinthians por 2 a 0, na 34ª rodada, a jogada do segundo gol do clube do Parque São Jorge contou com a cabeceada de Gil no lance, mas o tento só saiu depois que Jô ajeitou para Gabriel marcar.

VAR também 'colaborou'

As decisões dos árbitros de vídeo também tiveram impacto positivo na reta final de campeonato do Peixe. Nos jogos finais, as interferências do VAR não foram desfavoráveis ao Santos. Na vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense, o juiz chegou a ser chamado para ir até o monitor para retirar pênalti em Marinho, porém optou por manter sua decisão em campo.

Além disso, quando o duelo contra o Fortaleza ainda estava empatado, o árbitro não viu toque de mão do Leão dentro campo e só apontou a marca da cal após rever o lance. O duelo foi vencido pelo Alvinegro praiano por 2 a 0. Por fim, diante do Flamengo, o VAR anulou o gol rubro-negro por impedimento e ainda reverteu a decisão de campo para validar o gol de Marcos Leonardo, que resultou no triunfo por 1 a 0.

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