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De trio pedido por Abel para o Palmeiras neste ano, dois têm 2022 incerto

Rafael Santos Borré era o sonho do Palmeiras para 2021, mas a grana não permitiu - Getty Images
Rafael Santos Borré era o sonho do Palmeiras para 2021, mas a grana não permitiu Imagem: Getty Images

Diego Iwata Lima

De São Paulo

11/12/2021 04h00

Chegaram a ser motivo de lavagem de roupa suja e reunião no gramado com o elenco, as poucas contratações do Palmeiras para a temporada 2021. Abel Ferreira irritou-se, em especial, por ter pedido apenas três nomes, e não ter recebido nenhum.

Rafael Borré, ex-River Plate (ARG); Ademir, então no América-MG; e Víctor Cuesta, do Internacional-RS, foram os jogadores solicitados por Abel a Anderson Barros. Mas, olhando em retrospecto, os fracassos demandaram criatividade de Abel. Que acabou recompensada com o título da Copa Libertadores.

É impossível, no entanto, tentar imaginar o que poderia ter sido diferente, tivesse o Alviverde atendido os pedidos de seu comandante.

Dentre os três, aliás, apenas Ademir, 26, parece estar fora de questão como hipótese de reforço, já que ainda nem jogou pelo Atlético-MG, que o contratou durante o Brasileiro.

Cuesta, 33, e Borré, 26, têm situações que ainda permitiriam ao Palmeiras sonhar com suas chegadas. O zagueiro por ter contrato apenas até o meio do ano que vem. E o atacante por não estar conseguindo jogar bem no futebol alemão.

Borré patina na Alemanha; com ele, Deyverson teria menos espaço

Do trio, é o jogador que mais poderia ter mudado o status do time, se tivesse sido contratado. O Palmeiras sofreu sem poder contar com Luiz Adriano, a ponto de Rony ter sido utilizado como centroavante na maior parte dos jogos.

Mas no Eintracht Frankfurt (ALE), para onde de fato foi, Borré não fez tanta diferença. O colombiano de valor estimado em 17 milhões de euros (R$ 107 milhões) anotou apenas três gols em 14 jogos como titular na Bundesliga. Pela Liga Europa, fez um e deu uma assistência.

Não dá para saber como seria no Palmeiras. Mas algo fácil de se presumir é que Deyverson, autor do gol do tricampeonato da Libertadores, teria menos espaço do que conseguiu no time.

A julgar pelo desempenho de Borré, imaginar um empréstimo não seria um absurdo, muito embora salário do colombiano em Frankfurt seja alto.

Ademir, que fez boa temporada, era o homem de lado que Dudu acabou sendo

O ponta do América-MG foi um pedido específico do técnico, que viu o Alviverde desistir e Ademir permanecer no Coelho, mesmo estando negociado com o Atlético-MG para a próxima temporada.

Mas Abel teve um reforço surpresa, já que Dudu acabou não sendo contratado em definitivo pelo Al-Duhail (QAT), a quem estava emprestado por um ano.

Abel, num primeiro momento, tentou usar Dudu pelo meio-campo. Mas com o sumiço de Luiz Adriano e ascensão de Scarpa, o camisa 43 reencontrou-se com a beirada do campo. Onde brigaria por espaço com Ademir.

Absoluto no Inter, Cuesta poderia ter custado vaga de Scarpa na final da Libertadores

O tal zagueiro canhoto era um pedido de Abel, que chegou a pedir pela permanência de Alan Empereur, hoje no Cuiabá, embora quisesse mesmo o argentino Cuesta, do Internacional.

Ele certamente faria um trio de muito respeito com Gómez e Luan. E se estivesse no elenco, muito dificilmente não teria feito a final da Libertadores contra o Flamengo.

Num mundo hipotético, isso possivelmente faria com que Piquerez ficasse na sua posição como ala, tirando Scarpa da equipe titular que bateu o Flamengo -partida em que o camisa 14 teve boa atuação.

Cuesta tem contrato com o Inter até junho de 2022.