Maurício Barros: 'Carille deu a estabilidade que o Santos precisava'

O Santos encerrou a participação no Campeonato Brasileiro na 10ª colocação, de maneira um pouco mais tranquila após algumas rodadas lutando para sair da zona de rebaixamento.

O Fim de Papo teve uma edição especial, transmitida pelo UOL Esporte, para um balanço do Brasileiro, e contou com Vinicius Mesquita, José Trajano e Renato Maurício Prado, além dos convidados Vitor Guedes, Danilo Lavieri, Maurício Barros e Marcelo Hazan.

Barros lembrou que o Peixe começou 2021 disputando uma final de Libertadores —perdeu para o Palmeiras, no Maracanã— e, depois, enfrentou alguns problemas no decorrer da temporada.

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"Um time grande que encerra uma temporada com sentimento de alívio, mostra que a temporada, na verdade, não foi legal. O Santos começou o ano, olha que interessante, sendo vice-campeão da Libertadores com o Cuca (...). Começa o ano com o Santos vice-campeão da Libertadores e termina o ano com o Santos aliviado porque fugiu do rebaixamento. Santos quase foi rebaixado também no Campeonato Paulista, eliminado na Copa do Brasil e da Libertadores, fez um Campeonato Brasileiro muito discreto, onde chegou a figurar na zona de rebaixamento. Depois, acabou escapando até com alguma tranquilidade, com três rodadas de antecedência, e aí ficou tranquilo", disse.

"Um clube que viveu muito dessas idiossincrasias, dessas incoerências. O Cuca saiu, entrou o Ariel Holan... Não sei nem se alguém lembra do Ariel Holan. Depois veio Fernando Diniz, e ai termina a temporada com Fábio Carille, que foi quem trouxe alguma estabilidade. Muito criticado porque teria, e tem, um estilo mais defensivista, o que fez o sucesso dele no Corinthians... Ele vem da Arábia, assume o Santos, fecha a casinha e dá a estabilidade que o Santos precisava para escapar e ficar mais tranquilo em relação à zona de rebaixamento", completou.

O jornalista recordou que o elenco perdeu diversos nomes que eram importantes entre o fim da temporada passada e a atual. Por outro lado, ele indica que, com o trabalho começando do zero para 2022, há expectativa de melhora.

"Lembrando que o Santos perdeu figuras importantes desde aquela final da Libertadores. Perdeu Lucas Veríssimo, Luan Peres, Pituca, Soteldo, Kaio Jorge... Então, o time enfrentou problemas. Muitos problemas de lesão também ao longo da temporada, e queda de produção de seus dois principais jogadores: Marinho e Carlos Sánchez. O balanço da temporada, especificamente do Brasileirão, foi ruim do ponto de vista do que é o Santos, mas em relação ao que aconteceu no Brasileiro, a torcida do Santos termina 2021 aliviada e, de repente, com alguma esperança. O Carille vai ser mantido, Edu Dracena chegou, conhece profundamente o clube, trajetória de capitão, e, agora, com o Carille, poder ver o que tem de dinheiro e como remontar esse time".

Vinicius Mesquita ressaltou que o Peixe, de fato, lutou contra o descenso, algo ainda inédito na história do clube da Vila Belmiro. "Você definiu bem: aliviado. Flertou mesmo com o rebaixamento o Santos. O São Paulo também, mas o Santos passou um período ali um pouco assustado com a possibilidade".

Antes de encerrar a participação no Fim de Papo Especial, Maurício Barros ponderou que os profissionais podem mudar as primeiras impressões que causam, citando Carille, e reforçando o desafio do comandante para 2022.

"O Carille tem esse rótulo... Às vezes se coloca o rótulo e a gente fica repetindo, repetindo. Ele é novo e não necessariamente vai ser para sempre um técnico defensivista. Então, é um desafio para ele o Santos porque o Santos tem uma geração muito boa, de meninos muitos bons, Pirani, Ângelo, Marcos Leonardo... O Carille, agora, tem o desafio de fazer com que esse time seja mais ofensivo".

A próxima edição da Live do Santos será na quinta-feira (16). Você pode acompanhar a live pelo Canal UOL, no app Placar UOL, na página do Santos no UOL Esporte ou no canal do UOL Esporte no Youtube.