Grupo calado? Eder concorda com Ceni, mas elogia elenco do São Paulo
Rogério Ceni afirmou mais de uma vez que achava o grupo do São Paulo muito calado e pouco comunicativo dentro de campo. O treinador entendia que o perfil dos líderes do elenco não era de cobrança constante. "Quanto mais cantado o jogo for, menos energia você gasta e mais bem posicionado está", defendeu o treinador certa vez.
Um dos mais experientes do elenco, o atacante Eder, de 35 anos, concorda com o treinador que os jogadores são "muito bonzinhos", mas não encara isso como um problema no grupo são-paulino. "O mister cobrava nos treinos que a gente falava pouco. Mas de cobrança entre nós tinha muita, principalmente no vestiário. Não acho que foi isso que atrapalhou na temporada. Mas é como ele falava: 'tudo que eu falo, vocês apoiam e fazem'. Às vezes têm que dizer que não também", explicou, em entrevista ao UOL Esporte.
Além dos líderes, Ceni apontava os jovens do elenco como personagens de pouca voz no vestiário. Agora, não que a voz fosse um pré-requisito para que um jogador fosse escalado. Desde que assumiu o clube, o técnico formou seu meio-campo quase sempre com jogadores formados nas categorias de base do clube: Liziero (23 anos), Rodrigo Nestor (21), Gabriel Sara (22) e Igor Gomes (22).
A baixa idade é um dos motivos, na visão de Eder, que explicam essa característica do São Paulo. O atacante, que já defendeu a seleção italiana, acredita que com o passar do tempo, as promessas são-paulinas começarão a se sentirem mais soltas em campo e, consequentemente, mais comunicativas.
"Os meninos fizeram tudo no ano inteiro, mas talvez ainda não tenham isso de gritar, de cobrar, de ser um líder dentro de campo. Acho que isso você vai adquirindo com o tempo. É normal. De qualidade, esse grupo do São Paulo é de grande valor", prosseguiu o jogador que saiu da base do Criciúma para fazer carreira na "Bota", tendo defendido a Internazionale de 2016 a 2018.
Em seu décimo clube na carreira, Eder é apenas elogios ao elenco do São Paulo. Ele afirma ser um dos melhores grupos com quem trabalhou desde que se tornou profissional.
"Eu coloco esse grupo entre os primeiros da minha carreira em termos de seriedade, como um grupo em que todo mundo se ajuda. Nunca vi um ficar emburrado porque não estava jogando, não tem trairagem. Eu mesmo me dei muito bem com Luciano, Vitor Bueno, Rigoni, com caras que meio que são meus concorrentes. Mas sempre um tentou ajudar o outro. E isso num grupo não é fácil. Quando a gente ganhou o Paulistão, falei: com esse grupo aqui, nós vamos ganhar mais coisas esse ano. Infelizmente não foi assim, né. O futebol às vezes é estranho", completou.
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