O sorteio das oitavas de final da Liga dos Campeões mexeu com os torcedores palmeirenses, já que o Chelsea, potencial rival no Mundial de Clubes, em fevereiro, teve a definição de seu adversário, encarando o Lille após 10 dias em relação ao fim da participação no torneio da Fifa. Para Mauro Cezar Pereira, a condição é pior para o clube brasileiro, que de qualquer forma já chegaria numa situação mais difícil e não precisaria valorizar tanto a competição.
No UOL News Esporte, Mauro Cezar afirma que a supervalorização do Mundial de Clubes é prejudicial aos clubes sul-americanos, que contam com investimento muito menor que os europeus, e a obsessão pelo título acaba sendo um complexo de vira-latas para os brasileiros.
"A chance do time sul-americano sempre é muito pequena e agora não e diferente, eu acho que a supervalorização desse torneio é muito nociva ao futebol da América do Sul porque um time ganha a Libertadores e um mês depois, dois meses depois, vai jogar contra uma equipe, quando consegue chegar até lá, às vezes nem chega até lá, cai antes", diz Mauro Cezar.
"Quando chega até lá vai enfrentar uma equipe que tem um investimento absurdamente maior, jogadores de um outro nível, uma concorrência absolutamente desproporcional e se não ganha as pessoas ainda desfazem da temporada do clube, o clube ganha a Libertadores e 'ah, mas não ganhou o Mundial'. Eu acho isso bizarro, acho que esse torneio vale muito mais pela oportunidade de ter contato com times de outros continentes, especialmente o europeu", completa.
O jornalista afirma que os próprios clubes europeus não ligam para o torneio da mesma forma e encaram o Mundial muito mais como uma questão política do que esportiva.
"Quando você consegue jogar com o campeão europeu é legal, uma boa experiência, uma boa oportunidade, mas eu acho que a supervalorização desse torneio é uma coisa de complexo de vira-latas, até porque os europeus dão pouca importância para o torneio e eu até entendo o porquê, o desafio técnico para eles também é muito baixo, para eles não tem grande relevância, é um lance muito mais político do que outra coisa", diz Mauro.
"Os jogos da Liga dos Campeões não estarão muito próximos dos compromissos que ele deverá ter no Mundial de Clubes, então a tendência é o Chelsea estar mais inteiro, com o remanejamento de jogos do Campeonato Inglês para fazer um eventual jogo com o Palmeiras, primeiro os dois têm que vencer as primeiras partidas que farão contra outros adversários", conclui.
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