Justiça nega recurso da oposição e mantém votação do estatuto do São Paulo
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo recusou o recurso da oposição do São Paulo para que a votação da reforma do estatuto seja suspensa. O relator José Aparício Coelho Prado Neto seguiu o entendimento da juíza Monica Lima Pereira de que se trata de uma questão interna do clube e, por isso, manteve a reunião marcada para amanhã (16), às 19h (de Brasília).
Os conselheiros afirmaram nos autos do processo que a gestão de Júlio Casares tenta se perpetuar no poder com a mudança do estatuto e cita uma "caça às bruxas" que teria sido feita durante o ano com processos e punições a seis conselheiros da oposição.
Ainda na petição, os conselheiros argumentam que a eleição do conselho deliberativo do São Paulo está sub judice por suspeita de fraude. Por esse motivo, acreditam que seja necessário aguardar a resolução do caso antes "que seja votada matéria tão sensível de reforma estatutária que pode beneficiar todos os conselheiros eleitos, Diretoria e Administração com mandatos em andamento".
Em sua manifestação no processo, o São Paulo chama os argumentos dos conselheiros de "inverídicos" e "baseados em falsas premissas". Os representantes do clube justificam que um laudo pericial comprovou que não houve fraudes na eleição do fim do ano passado.
O laudo pericial de 4 de novembro deste ano concluiu que o pleito se deu "de forma aceitável e justa, e seu resultado mantém-se inalterado, e que não cabe mais nenhum quesito para o detalhado e conclusivo laudo pericial".
A análise dos peritos confirmou a votação dos 74 conselheiros mais votados e encontrou divergências em apenas dois votos, que alteraram o resultado do 75º.
Em seu despacho, o relator José Aparício Coelho Prado Neto entendeu que as acusações apontadas pelos membros da oposição não resultavam em perigo de dano ou risco à votação pelo fato de as mudanças no estatuto ainda precisarem passar pela aprovação dos associados.
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