Athletico: torcedora nega racismo e cita 'comportamento primata', diz site
A torcedora do Athletico-PR que foi flagrada imitando um macaco na final da Copa do Brasil, disputada na quarta-feira (15) entre a equipe paranaense e o Atlético-MG, negou que seus gestos tenham conotação racista (assista abaixo). As informações são do UmDois Esportes.
De acordo com o site, a jovem de 24 anos prestou depoimento hoje na Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos), órgão da Polícia Civil do Paraná, e disse que sua atitude foi uma reação ao fato de torcedores atirarem copos e garrafas no camarote em que ela estava.
Segundo a suspeita, a polêmica aconteceu ainda no intervalo da partida, que se deu na Arena da Baixada e acabou com vitória de 2 a 1 —e título— para os mineiros.
Diante do suposto vandalismo, ela afirmou que executou o gesto em função do "comportamento primata" de parte do público, debochando de quem estava no andar inferior do estádio.
Ainda de acordo com o site, a Demafe vai ouvir mais testemunhas em relação ao caso. As autoridades também tentam identificar outros dois homens que teriam cometidos atos racistas na partida.
Clube repudia ato
Ontem, o Athletico-PR publicou em seu site oficial uma nota dizendo que racismo é inaceitável e que o clube não medirá esforços para identificar os responsáveis. Leia o comunicado na íntegra abaixo:
O Athletico Paranaense tomou conhecimento, através de vídeos publicados nas redes sociais, sobre atos de racismo cometidos na partida de ontem (15), diante do Atlético-MG.
Racismo é inaceitável e, mais do isso, criminoso.
O clube não medirá esforços para investigar os acontecimentos, identificar os responsáveis e repassar todas as informações às autoridades competentes.
O apoio ao time antes, durante e depois do jogo de ontem (15) nos mostrou o verdadeiro significado do esporte. Os gestos de celebração, união e amor são a verdadeira alma do futebol. São eles que devem sempre prevalecer e servir como exemplo para a nossa sociedade".
Segundo a lei 7.716/1989, o crime de racismo é quando alguém impede outras pessoas de exercer algum direito por "discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".
A pena é de reclusão de três a cinco anos e se o crime for praticado contra um menor de 18 anos a pena é agravada em um terço.
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