O ano de 2021 não foi como o esperado para o Santos. O Peixe, que havia chegado à decisão da Libertadores 2020, ficou próximo da zona de rebaixamento do Brasileirão até o final do ano e não conseguiu encantar os seus torcedores. Agora, o planejamento para o ciclo de 2022 começa a ser feito e o elenco deve sofrer alterações.
Na Live do Santos, transmitida pelo UOL Esporte na última quinta-feira (16), os jornalistas Gabriela Brino e Maurício Barros colocaram em pauta o desempenho do clube dentro e fora dos gramados.
"Dificultosa é a principal palavra [para definir a temporada]. Temos dois ângulos para olhar. Acredito que tem a parte do futebol e de finanças. A diretoria quis focar muito na parte de finanças, e acho isso muito compreensível, até porque o clube estava muito desestabilizado nessa parte. É um rombo que aconteceu entre gestões que chegaram e saíram. O Rueda chegou com a missão de fazer o Santos respirar financeiramente. Esse lado foi muito positivo, foram muitas contas pagas", disse a jornalista.
"Já a parte do futebol ficou um pouco de lado. O Santos investiu em alguns reforços, fez com que os treinadores trabalhassem com o que tinha em casa, ou seja, base. Não tinha como o time contratar nomes grandes. Chegaram Boza, Moraes e outros jogadores pontuais e trabalharam bem a base, porque não tinham mesmo como contratar. A parte financeira foi muito positiva, tanto que conseguiu investir no Carille, que sabia disso, mas o futebol deixou a desejar. Muitas mudanças de técnico aconteceram, jogadores chegaram e não se adaptaram", afirmou.
Aproveitando o gancho a respeito da situação das trocas de treinadores, Brino fez um balanço a respeito do assunto.
"Entrou o Ariel Holán no início da temporada, não ficou nem dois meses, saiu de uma forma ruim porque os torcedores estavam inconformados com os resultados e foram até o prédio dele soltar fogos em protesto. Saiu, e o Marcelo Fernandes assumiu e depois veio o Diniz, que fez um trabalho bom, atuou na parte psicológica do time. Ele é um treinador complicado porque ele faz bons trabalhos, tem esse mérito de grupo, principalmente, mas, conforme as coisas vão desandando, ele começou a descer a ladeira", relembrou.
"Enfim veio o Fábio Carille na reta final do ano com uma pressão absurda por conta da situação do Santos na tabela, terminou o ano na Série A. O trabalho foi bom, conseguiu trazer o grupo para perto e conseguiu ativar uma parte psicológica que foi muito boa para o time. Foi muito difícil para ele virar essa chave", completou a jornalista.
Em seguida, Maurício Barros deu a sua visão quanto à temporada como um todo do Peixe.
"Essa é uma temporada, considerando o ano, muito estranha para o Santos. Ele começou com o Santos em uma final de Libertadores e depois começou o desmanche. Pituca, Soteldo, Kaio Jorge foram embora. Essa remontagem não foi fácil por conta dos cofres e teve uma esquizofrenia dos treinadores. Carille foi uma bela sacada do Peixe. Teve um começo enfrentando carências no elenco, mas foi conseguindo fazer o que era necessário: deixar de tomar tanto gol. Isso sempre foi a grande virtude dele. Conseguiu dar uma estabilidade e o time cresceu. É totalmente merecedor de um voto de confiança para a próxima temporada", disse Maurício.
A próxima edição da Live do Santos será na terça-feira (21). Você pode acompanhar a live pelo Canal UOL, no app Placar UOL, na página do Santos no UOL Esporte ou no canal do UOL Esporte no Youtube.
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