Conselho do São Paulo aprova proposta de volta da reeleição para presidente
O conselho deliberativo do São Paulo aprovou 14 das 24 propostas de mudanças do estatuto do clube. A principal delas permite a reeleição presidencial - atualmente, o presidente pode concorrer apenas para um mandato de três anos. Caso a mudança seja aprovada na assembleia de sócios, o Júlio Casares ficará livre para tentar vencer um novo pleito no fim de 2023.
A mudança foi aprovada com 146 votos dos conselheiros, que ainda somaram 83 contra e duas abstenções. Era necessária maioria simples (128 votos) para que cada uma das medidas passasse. O conselho deliberativo do São Paulo conta, atualmente, com 254 membros - seis vagas estão em aberto.
No que foi considerada uma vitória pela oposição, os conselheiros rejeitaram a proposta que diminuiria o número de membros do órgão. As atuais 260 vagas (160 vitalícias e 100 eleitas) passariam a ser 200 (120 vitalícias e 80 eleitas). Além disso, a proposta mantinha a exigência de 55 assinaturas de conselheiros vitalícios para a criação de uma chapa para concorrer nas eleições.
A mudança era vista pela oposição como um dificultador de chapas contrárias à atual gestão. Para inviabilizar uma segunda candidatura, uma chapa precisaria ter apenas 66 assinaturas no modelo proposto. A medida não foi aprovada por causa de sete votos. Apenas 121 conselheiros votaram a favor, com outros 90 sendo contra e 20 se abstendo.
O conselho aprovou também o aumento do mandato de seus membros. Os atuais três anos passariam para seis agora, caso aprovados pelos associados. A medida recebeu 132 votos favoráveis, diante de 83 contrários e 16 abstenções.
Outra proposta de destaque que foi aprovada diz respeito a membros do conselho exercendo cargos em diretorias. A atividade é proibida no atual estatuto. A proposta, no entanto, prevê que o conselheiro possa acumular sua posição no órgão e na diretoria caso a função não seja remunerada.
A medida impacta, por exemplo, o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte. Ele é conselheiro eleito e exerce a função sem remuneração. O cargo de diretor executivo de futebol é ocupado por Rui Costa.
As 14 medidas que avançaram agora vão para a decisão dos associados. Uma assembleia será organizada em até 30 dias. As medidas que forem aprovadas pelos sócios passarão a valer no estatuto do clube.
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