Douglas Costa despertou o interesse do São Paulo, que vê no atacante uma opção interessante para atender ao pedido do técnico Rogério Ceni por um atacante que jogue pelas pontas. Porém, a negociação esbarra no aspecto econômico: em dificuldades financeiras, o Tricolor só terá condições de arcar com os custos pelo jogador se encontrar algum parceiro para viabilizar a contratação.
Na Live do São Paulo, programa do UOL Esporte com as últimas novidades do Tricolor, os jornalistas Marcelo Hazan e Bruno Grossi conversaram sobre o andamento das negociações do clube com Douglas Costa. Ambos chamaram a atenção para o fato de o atacante não ter uma grande sequência de partidas devido a problemas físicos.
Hazan usou alguns números para mostrar que Douglas Costa jogou pouco nas últimas temporadas. "Em 17/18, ele fez 47 jogos pela Juventus. Em 15/16, fez 43 pelo Bayern de Munique. Antes disso, só lá em 10/11, pelo Shakhtar Donetsk, fez 42. Nesta atual temporada, somando Grêmio e Bayern, foram 20 pelo time alemão e 28 pelo gaúcho, com três gols e duas assistências, em um ano e meio", citou.
Com estes dados, Grossi estranhou o interesse do São Paulo pelo atacante do Grêmio por conta do aspecto físico - o mesmo argumento usado para justificar a saída do meia Benítez. "É pouco, sem contar que em vários momentos no Bayern, principalmente, ele não era titular. A minutagem dele por temporada costuma ser baixa. Isso é preocupante para um time que optou por não renovar com o Benítez, sendo esse um dos seus argumentos para não ficar com o jogador que seria caro e joga poucas partidas por ano. Acho um pouco incoerente por parte do São Paulo essa busca pelo Douglas Costa, por mais que ele seja melhor do que o Benítez", analisou.
Apesar do interesse do Tricolor, Hazan reforçou que contratar Douglas Costa é uma operação complicada para o atual momento do clube. "A negociação não é simples. O São Paulo considera diferente de Daniel Alves porque só vai adiante se houver alguém que ajude a bancar, se não todo o salário, boa parte dele. O que eu ouvi de dentro do clube é que essa marca que poderia entrar no negócio já tem relação com o São Paulo. Esse nome está mantido em sigilo", comentou.
Embora reconheça tratar-se de um jogador de qualidade, Grossi fez ressalvas caso o São Paulo realmente feche com Douglas Costa. "Ele tem salário alto e é um jogador que passou de 40 partidas disputadas em uma temporada completa só três vezes na carreira. Ele se machuca bastante e na Europa se joga menos, pois há um revezamento maior. A média dele era de 30 e poucos jogos por temporada. Isso para um time como o São Paulo e em um calendário como o Brasileiro, parece muito pouco para um jogador que seria a principal contratação", avaliou.
Hazan destacou que o São Paulo deve priorizar reforços para o setor ofensivo. O time teve o terceiro pior ataque do Brasileirão, com apenas 31 gols marcados em 38 jogos - só não foi pior do que o dos rebaixados Sport (24) e Chapecoense (27). "O ataque do São Paulo foi um dos piores do Brasileirão. Por isso, é natural que esse seja um setor para o qual o clube busque mais reforços", apontou.
Grossi concorda que o time precisa reforçar o ataque, principalmente para atender ao desejo de Rogério Ceni. Em seu esquema tático preferido, o treinador gosta de formar o ataque com jogadores rápidos pelas pontas. "O Rogério tem razão em priorizar o ataque, principalmente ao falar de pontas. O São Paulo não tem ninguém para jogar com velocidade e com o mínimo destaque para atuar nessa função. O Marquinhos começou bem, mas se machucou. Rigoni foi melhor como nove ou segundo atacante do que como ponta. É uma posição carente desde a época do Fernando Diniz", concluiu.
Não perca! A próxima edição da Live do São Paulo será na terça-feira (28), às 14h (horário de Brasília), com a análise das últimas novidades do Tricolor. Você pode acompanhar o programa pelo Canal UOL, no app Placar UOL, na página do São Paulo no UOL Esporte ou no canal do UOL Esporte no Youtube.
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