Após um início de temporada ruim, o Corinthians se reequilibrou com a chegada de reforços durante o Brasileirão, mas ainda busca uma identidade. O clube manteve o técnico Sylvinho, apesar das críticas, acertou o retorno do volante Paulinho e continua de olho no mercado da bola em busca de nomes para a disputa da Libertadores.
Na Live Especial do UOL Esporte - Retrospectiva do Futebol, os jornalistas Renato Maurício Prado, Marília Ruiz, Rodolfo Rodrigues e Vitor Guedes conversaram sobre os planos do Corinthians para 2022.
"O Corinthians ainda está um passo atrás de Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras. Em 2017, conquistou um título brasileiro em que pouca gente acreditava, mas nas temporadas seguintes o elenco foi perdendo força. Não conseguiu contratar e o nível caiu. Vieram os reforços que ninguém esperava no segundo turno e o time está nessa fase de reconstrução, tentando montar um time decente e que possa brigar por títulos novamente", analisou Rodrigues.
O colunista do UOL se referiu às chegadas de Giuliano, Renato Augusto, Willian e Róger Guedes, que elevaram a qualidade de jogo da equipe. Mesmo com estes nomes, porém, o Corinthians sentiu muitas dificuldades em campo pela falta de opções de centroavante. Com apenas Jô para a posição, Sylvinho improvisou Renato Augusto na função; o meia teve um desempenho ruim e o técnico sofreu muitas críticas por sua escolha.
"O Corinthians teve a impressão, talvez errada, de que esses caras deram conta no final do campeonato de mudar um padrão de jogo. Eu até contesto quem diz que a entrada do quarteto fez o time subir de produção. Esses caras jogaram juntos pouquíssimo tempo. A diferença é que a bola do Willian, que jogou sete partidas é redonda; a dos outros jogadores era triangular", opinou Marília.
Apesar das críticas a Sylvinho, Vitão acredita que o Timão tem chances de fazer um bom papel na Libertadores. "O problema do Corinthians é o falso técnico, não o falso nove. Quer jogar em um esquema, mas não tem as duas principais pessoas dele. É um time talhado para jogar em um 4-4-2 em losango. Esse time completo do Corinthians em mata-mata, experiente, não é o principal favorito, mas é mais forte do que os argentinos River e Boca", comentou.
Para Marília, o desempenho do Corinthians dependerá de Sylvinho mudar um pouco suas convicções. "O Sylvinho tem uma coisa que é, na minha opinião, teimosia e na dele, definição, de o time jogar em um 4-1-4-1. Mas não tem nem o um, nem o outro um: não tem o cinco nem o nove. É difícil jogar assim com um monte de jogador para atuar no meio-campo. Se ele quiser aproveitar esses talentos em detrimento da molecada, vai ter que mudar o jeito de jogar. Se não vier o tal do nove, pode pensar em uma configuração diferente", apontou.
Mesmo com um elenco baseado em veteranos, Rodrigues pensa que o Timão pode sonhar com um 2022 positivo. "Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG têm jogadores mais inteiros, novos e um elenco mais completo. O Corinthians tem quatro, cinco bons jogadores, mas que não estão no auge da forma física. Dificilmente o Corinthians vai colocar os cinco em campo durante toda a temporada. Talvez o time consiga um desempenho melhor. O Brasileiro será difícil e não sei se aguenta com esse elenco de veteranos. O calendário será mais curto e vai embolar bastante. O time não vai brigar de igual para igual com esses três, mas ainda tem chances de ter uma temporada melhor do que a de 2021", concluiu.
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