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Maior contratação da história, Borja se despede sem saudade no Palmeiras

Miguel Borja comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Godoy Cruz pela Libertadores - Andres Larrovere / AFP
Miguel Borja comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Godoy Cruz pela Libertadores Imagem: Andres Larrovere / AFP

Do UOL, em São Paulo

24/12/2021 04h00

A história entre o atacante Borja e o Palmeiras está próxima do fim. Sem espaço no elenco comandado por Abel Ferreira, o centroavante tem um acordo apalavrado com o Junior Barranquilla. Os colombianos irão desembolsar US$ 3,5 milhões (R$ 19,91 milhões, na cotação atual) por 50% dos direitos do atleta. A negociação soa como um alívio ao Alviverde, que se frustrou com a maior contratação de sua história.

Borja chegou ao Palmeiras em fevereiro de 2017 após ser eleito o Rei das Américas e conquistar a Copa Libertadores pelo Atlético Nacional no ano anterior. As atuações diante do rival São Paulo, pelas semifinais da competição continental, com quatro gols nos dois jogos foram determinantes para que o Verdão fosse atrás do jogador. A diretoria, amparada pela Crefisa, aceitou pagar US$ 10,5 milhões e depois mais US$ 3 milhões em 2020 por 100% dos direitos do centroavante.

Recepcionado no Aeroporto de Cumbica com status de ídolo, o colombiano não correspondeu dentro de campo. A expectativa era de que fosse o substituto ideal para Gabriel Jesus, mas o atacante tardou a demonstrar seu futebol, gerou irritação nos torcedores e colecionou inúmeros gols perdidos. Ao todo, Borja defendeu o Verdão em 112 partidas, tendo anotado 36 gols.

A melhor temporada pelo Alviverde aconteceu em 2018, quando Borja anotou 20 gols contando as participações no Campeonato Paulista, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. Naquele ano, o Palmeiras faturou o Campeonato Brasileiro, porém o dono da posição acabou sendo Deyverson e o colombiano entrou em campo em apenas 16 partidas da campanha.

Mesmo com a convocação para a Copa do Mundo da Rússia, a sequência de Borja no Palmeiras não agradou e a diretoria o emprestou ao Junior Barranquilla, seu clube do coração. Em seu país-natal, o centroavante recuperou o faro de artilheiro e atingiu uma média de quase 0,6 gol por partida na Colômbia — números expressivos no continente sul-americano.

No retorno ao Brasil, nesta temporada, a comissão técnica e a diretoria entenderam que não haveria espaço para o centroavante, que acabou vestindo as cores do Grêmio. No Sul, Borja começou bem ao marcar três gols em seus quatro primeiros jogos, mas voltou a cair de produção e viu do banco de reservas o Imortal ser rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.

Por todo o cenário, o Palmeiras entendia que dificilmente recuperaria o dinheiro investido no colombiano. A oferta do Junior Barranquilla, embora seja consideravelmente menor do que o valor investido pelo Alviverde para tirá-lo da Colômbia em 2017, é comemorada nos bastidores. O clube ainda manterá 50% dos direitos de Borja e pode lucrar em uma futura venda.

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