Ex-São Paulo, Matheus Reis conquista Sporting como "Senhor Lado Esquerdo"
Cria da base do São Paulo, Matheus Reis é atualmente um dos pilares defensivos do Sporting, atual campeão português e que está nas oitavas de final da Liga dos Campeões, tendo pela frente o poderoso Manchester City. Também figura entre os homens de confiança do promissor e badalado treinador Rúben Amorim.
Aos 26 anos, já foi atacante, meia, volante e, agora, reveza entre ser lateral e zagueiro. Sempre, sempre pelo lado esquerdo. Deixou para trás o rótulo de "patinho feio", quando foi comprado do modesto Rio Ave, onde sofreu muito ao ser afastado por seis meses do time pelo presidente, e vive hoje o outro lado da moeda: o auge da carreira.
Apelidado de "Gaúcho" por alguns companheiros, visto a vontade de "encarnar" o ídolo Ronaldinho Gaúcho durante os treinos, o ex-são-paulino confessa ao UOL Esporte que é adepto do discutível sistema com três zagueiros e, dos tempos do Brasil, guarda com carinho as lembranças do começo no time profissional do Tricolor, especialmente do jogo de despedida do também ídolo e referência Rogério Ceni.
Já ouvi que alguns companheiros te chamam de "Gaúcho". Por quê?
Sempre joguei na base do São Paulo no meio-campo, tendo atuado em posições mais ofensivas. Então, assim, nos treinos aqui, quando estou jogando mais como zagueiro, costumo ter aquela habilidade de já ter jogado nas posições da frente. Gosto de sair jogando, costumo driblar lá atrás. É daí que veio essa brincadeira. De "Gaúcho", do Ronaldinho Gaúcho, entendeu? Da habilidade, de dar uns cortes, essas coisas. De ter uma ousadia um pouquinho fora da caixa na parte defensiva.
E durante os jogos? Dá para ser o "Gaúcho"?
É uma brincadeira nos treinos, né? Sempre fui fã do Ronaldinho Gaúcho, claro. Mas não tem nada a ver com o meu futebol. O meu foco mesmo está no trabalho, na forma que também me preparei para jogar na posição de zagueiro. Venho crescendo muito, sendo um pouco "rijo" (duro) na defesa. Cresci muito defensivamente, sabe? Tenho noção disso, sobre posicionamento, essas coisas. E, na parte ofensiva, tenho a tranquilidade de sair jogando lá atrás, de ter essa calma. O mister [Rúben Amorim] também me passa total confiança, e ele pede mesmo isso, para que os zagueiros joguem, tenham personalidade para comandar o time a partir ali de trás. Então, entra também nessa parte de ser mais ousado e ter personalidade, entendeu? De ter essa ousadia de jogar ali atrás. Mesmo que seja uma posição que a gente sabe que não pode errar.
Não é uma pergunta de preferência, mas, sim, de análise: em qual posição rende mais? Zagueiro ou lateral-esquerdo?
São duas posições que parecem ser semelhantes, mas não são. Na lateral, tem a parte que tem que defender muito bem também, mas, ao mesmo tempo, atacar com a mesma eficácia. Tem que se preocupar também com o ataque e puxar o contra-ataque da equipe. E, na parte da defesa, tem que... já não tem tanto essa liberdade para atacar, né? Tem que se preocupar mais em defender. Mas, assim, sou muito feliz nas duas posições. Não tem uma posição que fale: "Nossa, não estou rendendo. Ou, nossa, essa posição não gosto de fazer". São duas posições que gosto muito de fazer. Gosto muito de marcar, de defender. Gosto de atacar, que também já entra nessa posição como lateral. O mais importante é estar sempre jogando, né? Tem jogos, inclusive, que o mister não precisa nem fazer substituições, porque é só mudar a minha posição ali no campo.
Já foi atacante, meia, lateral e zagueiro. Sempre pela esquerda. Podemos dizer que é o "Senhor Lado Esquerdo"?
Pode-se dizer, já fiz todas as posições, né? Gosto de fazer todas, entendo ali o processo tático de todas as posições. Mas, ultimamente, venho atuando mais na lateral e na defesa. E acredito que são duas posições que estou mais confortável, porque também estou fazendo há mais tempo.
Saudades dos tempos de camisa 10 na base do São Paulo?
Lembro que, na base, na última vez que atuei mesmo de meia-esquerda, foi um jogo no sub-15. Faz muito tempo. Mas isso me ajudou muito a ter essa tranquilidade lá atrás hoje, sabe? Porque, como meia, é preciso ter a visão de jogo. A visão periférica, um passe bom, pelas assistências, essas coisas. E isso me ajudou muito a estar nesse momento como defensor, e às vezes comandar o time ali de trás.
Hoje, em Portugal, Benfica, Braga e Sporting jogam num sistema com três zagueiros. Qual é a leitura que faz desta tendência?
Comecei a jogar com três zagueiros com o Carlos Carvalhal, ainda no Rio Ave. Ele me dava total liberdade, mesmo como zagueiro, de fazer as ultrapassagens, dar no lateral e passar. Assim que cheguei ao Sporting também, o mister Amorim também me deu essa liberdade, e acredito que foi um dos diferenciais, sabe? Porque não são todos os zagueiros que fazem isso ou que têm esse condicionamento para fazer isso. Então, acho que o sistema com três zagueiros não nada defensivo, porque geralmente temos essa liberdade. Eles me dão essa liberdade de dar no lateral e ir, ou dar no lateral e ir por dentro, jogar com liberdade.
E numa visão mais ampla, como equipe, quais são as vantagens?
Primeiro, acho que, claro, defensivamente, você se protege mais. Isso é a primeira parte. Você chega a ter uma linha de cinco, se protegendo. Eu, particularmente, gosto muito dessa formação, me sinto muito confortável. E, para atacar, você tem os laterais bem apoiados, bem lá na frente, né? Nosso time joga muito bem por fora, aproveita muito bem os corredores. Acho que essa formação privilegia esses dois aspectos.
O processo da sua transferência do Rio Ave para o Sporting foi complicado. Houve muitos problemas e muitas polêmica, sendo que você chegou a ser afastado do time. Temeu ali pelo seu futuro?
Particularmente, tinha tudo para temer. Mas, ao mesmo tempo, tinha a consciência tranquila, de que tudo que tinha acontecido ali não era culpa minha. Foi difícil? Foi. Mas foi um momento em que cresci muito na minha vida, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Na forma de encarar mesmo os desafios. Nunca desistir. Então, essas coisas, essas dificuldades que apareceram só me tornaram mais forte, e sabia que as pessoas dentro do futebol conheciam o meu caráter, como eu sou, porque, senão fosse assim, o Sporting não teria ido me buscar. Porque a gente sabe que, no futebol, todo mundo fala com todo mundo, todo mundo se conhece, informação daqui, informação dali. Tenho certeza de que eles não trariam um jogador que, na parte lá do Rio Ave, falaram que eu era, principalmente o presidente.
Sente que tentaram fazer de tudo para manchar o seu nome?
Sim. Tentaram manchar. E muito ainda, indo para a imprensa, soltando coisas que não eram verdade. Só que eu, ao mesmo tempo, não liguei para isso, não ouvia muito isso, sabe? Procurei dar uma afastada também das redes sociais, dos jornais, porque sabia de toda a verdade. Quem está por trás disso, as pessoas que estão do meu lado sabem a verdade, o que aconteceu. E não fui às redes sociais, não precisei me expor para falar nada do que tinha acontecido. As pessoas que realmente importavam sabiam da verdade. E não é à toa que, depois, o Sporting foi me buscar. Porque sabiam do meu caráter, sabiam do atleta e do profissional que sou.
A sua contratação pelo Sporting foi um pedido exclusivo do Rúben Amorim. Sempre acreditou e continua acreditando em você. É exagerado dizer que o treinador confia até mais em você do que você mesmo?
Acho que ninguém confia mais em mim do que eu mesmo. Sou o primeiro a acreditar. E, até nesses momentos mais difíceis que passei, de não estar jogando e não estar nem treinando com bola, sempre acreditei que poderia chegar nesse nível. Então, quando ele me chamou, ele sabia das minhas funções, tanto como lateral, como zagueiro. Essa parte de ele gostar também de os zagueiros comandarem o jogo e tal. Tenho isso muito comigo também. Estou aqui muito por conta dele também, mas dia a dia também provo o meu valor, provo que ele buscou a pessoa certa, o profissional certo para ajudar o Sporting.
Você é hoje um titular quase indiscutível do Sporting. Mas precisou trabalhar muito para conseguir espaço no time...
Sim. Muitas pessoas esquecem que fiquei seis meses parado, né? Seis meses totalmente parado, a não ser a parte física. Sem contato com bola, no caso. E a gente sabe que o jogador, nos dias de hoje, se ficar uma semana parado já faz diferença. 15 dias já fazem muita diferença. Então, se parar para pensar, foi meia temporada parado. Cheguei para um nível muito superior, o nível de exigência do Sporting é enorme, tanto física como a responsabilidade técnica e tática. Cheguei com o time já montado e brigando pelo título nacional. Chegue, tive uma semana de treinos e já estreei também. Então, assim, a gente tem que dar tempo ao tempo. Tive pouco tempo de adaptação, mas, ao mesmo tempo, entrei em praticamente todos os jogos desde que cheguei. Acho que fiquei fora apenas do primeiro jogo. Depois, entrei em todos os jogos. E veio o título nacional, né? Foi incrível, não só para mim, mas para o grupo, para o Sporting. Já nesta temporada, tive mais tempo de fazer a pré-temporada completa, o que me ajudou muito. E as coisas foram acontecendo, da mesma forma que acontece na vida: quando você planta bem, você vai colher bem.
Antes de fechar com o Sporting, o Porto chegou a te procurar. Procede? Houve a possibilidade de ir para lá?
Sim. Bem por cima, teve uma abordagem. Mas foi antes de abrir a janela de transferências. Ficou mesmo mais na conversa, não teve nada oficial assim, sabe? Então, foi uma coisa que não foi tão para frente, foi mais uma sondagem mesmo, para saber de valores e tudo mais. Depois não teve mais nada de concreto.
Você atingiu o seu auge como jogador num momento de pandemia, algo totalmente fora do habitual. Já parou para pensar nisso?
Acaba que é uma dificuldade em dobro, né? Porque a gente teve também um período parado na temporada passada, né? Então, a gente teve que fazer trabalho em casa mesmo, se cuidar em casa, cuidar da alimentação, de tudo que tinha. Foi preciso ser muito profissional. É aí que entra você fazer, você trabalhar, enquanto ninguém está vendo. Quanto maior a dificuldade, maior e melhor é o gosto da vitória. Isso prova, mais uma vez, que quando você acredita no seu trabalho, no seu potencial, no que você faz no dia a dia, as coisas dão certo. É a lei da vida.
Nos últimos dias, o Sporting tem contado com alguns casos de Covid-19 no elenco: Coates, Paulinho, Esgaio, entre outros. Todos assintomáticos. Recentemente, o Rúben Amorim valorizou publicamente o poder e a importância da vacinação. Portugal começou agora a vacinar as crianças e, como você tem filho pequeno, fica aqui uma pergunta bem direta: é a favor?
Para mim, é tranquila essa pergunta. Me vacinei. Sou a favor, até por conta disso [casos positivos e assintomáticos no Sporting]. Porque, depois da vacinação, os jogadores não sentiram praticamente nada, sabe? Não tiveram nada. Ao contrário da temporada passada, no começo, que, quando se pegava, tinha muito mais sintomas e era muito mais grave. Sou a favor, mas respeito quem não quer. Respeito, cada um tem a sua vida, cada um toma conta dela. Tenho filho pequeno também, tem dois aninhos, vai fazer três agora. Assim que surgir a oportunidade de tomar, a gente vai querer que ele tome, sim.
Até fazendo mea-culpa, porque eu já usei a expressão, o que acha quando te chamam de "ex-patinho feio"? Incomoda? Às vezes, nós, da imprensa, não percebemos que, mesmo ao elogiar, podemos machucar...
Não, porque não sou muito de ler jornais, acompanhar tv e redes sociais. Estou focado no meu trabalho, porque sei que, para fora, você faz um jogo ruim, você é ruim. Você faz um jogo bom, você é bom. Procuro ser melhor dia após dia, fazer o meu trabalho e responder dentro de campo. Essas coisas deixo para a torcida, para a imprensa. Estou focado em ser melhor comigo mesmo e ser um elo forte dessa equipe. Ser um elo forte e ajudar o Sporting a ser melhor do que foi no ano passado, conquistar mais coisas.
O Rúben Amorim é o treinador do momento em Portugal, sendo desejado por clubes da Premier League. Tem uma multa rescisória de 30 milhões de euros. Vale tudo isso?
Com certeza. Quando ele foi comprado pelo Sporting, falava-se muito que ele não valia o preço [mais de 10 milhões de euros] que estavam cobrando. E ele fez valer cada centavo, e muito mais. No dia a dia, no que ele já conquistou aqui, vale, com certeza, cada centavo. Acredito que o treinador, na verdade, é o pilar do time. Acho que ele tem uma importância tremenda. Os treinadores têm que ser valorizados como os jogadores também são. Os jogadores que merecem, óbvio. Acho que vai ser cada vez mais normal um clube pagar a multa rescisória de um treinador. Cada vez mais normal, ainda mais depois de passar essa pandemia, que todos os clubes também pararam de ter receita e tudo o mais, que deu uma prejudicada em todos os clubes. Mas acho que, normalizando, vai ser cada vez mais natural ter valores cada vez mais superiores.
O Sporting vai encarar o poderoso Manchester City na oitavas de final da Liga dos Campeões. É o melhor time do mundo neste momento?
Sim. City, Liverpool, Bayern. Times que são referências, que a gente conhece muito bem, vendo os jogos e tudo mais. Mas procuramos focar muito no que a gente pode fazer. Quando saiu nosso grupo também [com Ajax, Borussia Dortmund e Besiktas], a gente tinha probabilidades baixíssimas de se classificar. E conseguimos, né? Então, a gente foca muito no nosso aqui e no que a gente pode melhorar para chegar bem nessas frentes. Os nossos torcedores podem esperar muito comprometimento, muita vontade, muito sacrifício. É isso que a nossa equipe mostra em todos os jogos. Não importa a dificuldade, não importa se está com um a menos, não importa se a Covid-19 tirou três ou quatro jogadores, outros vão entrar e vão cumprir o que estava planejado, o que foi planejado. Todos aqui estão preparadíssimos para os jogos contra o Manchester City.
Você sabia que é dos jogadores com mais partidas na história da base do São Paulo?
Na verdade, vi uma estatística sobre isso algum tempo atrás. A gente, às vezes, para pra pensar de ser um dos principais jogadores, de ter mais jogos, sendo tudo isso numa base como a do São Paulo, que é referência, que sempre lança jogadores para o mundo. Fico muito feliz, é muito gratificante. Cheguei ao São Paulo com 12 para 13 anos, e passa cada... dente-de-leite, infantil, juvenil, juniores. Passar tudo aquilo ali, cada processo, não foi fácil. Conseguir vencer, chegar ao profissional da equipe que começou, foi muito, muito, muito difícil. Então, quando olho para esses números, para essas estatísticas, dá uma felicidade enorme.
Até por esses números, pela qualidade e versatilidade de jogar em várias posições, sentiu uma cobrança maior do próprio São Paulo e talvez sua consigo mesmo quando subiu ao profissional?
Tinha já noção de que, quando se joga em um clube gigante, a pressão existe. É igual quando vim para o Sporting, sabia da pressão que era. Mas também sabia que era jovem quando fui promovido, sei o quanto evoluí quando ceguei ao time profissional. Vejo, às vezes, alguns lances, alguns jogos, e noto o quanto evoluí daquela época de São Paulo para cá. Até porque, como falei, tinha pouco tempo jogando na lateral. Quando subi para o profissional, não tinha muito tempo como lateral. Se você for parar para pensar, tinha jogado só a Copa São Paulo como lateral-esquerdo, né? O restante foi como volante e também meia. Então, hoje, me sinto um jogador muito mais preparado, muito mais jogador em todos os aspectos.
Acredita que, se tivesse começado a jogar mais cedo como lateral ou zagueiro, estaria hoje em outro patamar na carreira?
Não, não. Ter passado por todos esses processos me fez chegar mais completo aqui onde estou hoje. Aí entra até naquela nossa conversa de antes. Tiro proveito disso como defensor, isso que me dá a tranquilidade de sair jogando, de ter os passes ali por dentro, de cortar pelo meio e ter também tranquilidade, porque já joguei em várias posições. Então, acho que todas as posições, todos esses processos que passei, me qualificaram e me deram experiência para ser um jogador mais maduro e mais completo hoje.
O que faltou para ter sequência no São Paulo? Há também mea-culpa?
O São Paulo não vivia um bom momento, então acho que isso deu uma prejudicada. Também tinha jogadores, na minha posição, mais experientes, jogadores que jogavam com mais frequência. Então, às vezes, pode ter entrado um pouco também essa parte de ter faltado um pouco mais de paciência. Mas, ao mesmo tempo, sabia que, quando se está em um clube grande, não se tem paciência, é tudo para agora. É vencer todos os jogos. Dito isso, não tenho mágoa nenhuma, não tenho nada de ruim do São Paulo. Ao São Paulo, tenho só agradecimento mesmo, por ter me tornado profissional. Por ter me dado todo o apoio, toda a base para realizar o meu sonho. Sei que, hoje, sou muito mais jogador, por conta da experiência, por conta da rodagem. Foi também por isso, inclusive, que eu saí do São Paulo, porque, assim que o Rogério Ceni chegou [primeira passagem como treinador], ele queria que eu ganhasse mais experiência, mais rodagem. Aceitei, porque queria jogar, queria ter mais ritmo de jogo. Então, foi tudo como tinha que acontecer, serviu para que chegasse com mais bagagem onde estou hoje. Acho que, se não tivesse passado por todas essas coisas antes, não seria o jogador que eu sou hoje.
Teve tempo ainda de ter participado (como titular) na despedida oficial do Rogério Ceni. É um dia que guarda com carinho especial? Vai contar para os filhos e netos?
Sim, guardo. Tenho até hoje as camisas comemorativas dele, estão guardadas num quadro. Ele também presenteou os jogadores com um relógio especial dele. Aquilo lá está tudo guardado, porque ele foi uma referência, né? Ele é uma referência. Foi uma referência muito grande não só para o São Paulo, mas para mim também, de estar ali, de poder vivenciar aquilo tudo. Quando subi para o profissional, foi praticamente isso, ele estava encerrando a carreira dele. Então, foi um privilégio, tenho um orgulho enorme de ter estado do lado dele ali, de ter jogado com ele, estar no campo ali com ele. Isso é coisa que você conta para os filhos, para os netos. É uma referência, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente. É uma pessoa incrível também.
Tem o desejo de voltar um dia a vestir a camisa do São Paulo?
Claro. Tenho essa vontade de, se voltar para o Brasil, voltar para o São Paulo. Pode ou não acontecer, é o famoso "se". Mas sou eternamente grato ao São Paulo, por tudo. Se acontecer de, no final da carreira, voltar para o Brasil ainda, seria uma honra e uma felicidade, um privilégio, voltar para o São Paulo e poder ajudar o time a conquistar títulos e vitórias, como sempre mereceu, pela grandeza do clube.
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