De onde vem o dinheiro do Corinthians para investir no mercado
O Corinthians foi o clube brasileiro que mais movimentou o mercado da bola neste semestre ao assinar com Roger Guedes, Giuliano, Renato Augusto, Willian e Paulinho. Ainda nesta janela, a diretoria está atrás de um centroavante de peso para a disputa da Copa Libertadores 2022 e tem o uruguaio Edinson Cavani como alvo. O movimento gera dúvida nos torcedores: afinal, como um clube com uma dívida próxima de R$ 1 bilhão consegue dinheiro para trazer os estrelados reforços?
A explicação do Corinthians se baseia em dois pilares: a redução da folha salarial construída nos seis primeiros meses de 2021 e a chegada de novos patrocinadores e parceiros comerciais. Atualmente, a folha salarial do departamento de futebol é superior a R$ 14 milhões, mas em contratos grandes como do meia Willian e do volante Paulinho há empresas custeando parte dos vencimentos.
O clube alega ter reduzido custos na ordem de 25% dos valores gastos nos anos de 2019 e 2020. Além disso, o Corinthians conta com o suporte da Falconi - consultoria financeira especializada em controle e redução de dívida - na montagem do planejamento estratégico e orçamento financeiro na gestão do presidente Duilio Monteiro Alves. Isso que dá ao clube a segurança de estar amparado pelo mercado. Para 2022, o clube projeta uma receita bruta de mais de R$ 500 milhões, o que viabilizaria a montagem do elenco.
Nos bastidores, a diretoria alega que recuperou o crédito e não vê obstáculos para viabilizar grandes contratações, como seria o caso do centroavante Cavani caso aceitasse abrir negociações com o Timão. Recentemente, no anúncio do volante Paulinho, o Grupo Taunsa se comprometeu em arcar com parte do investimento para repatriar o atleta que disputou as duas últimas Copas do Mundo com a Seleção Brasileira.
Outro fator importante na conta do Corinthians é a entrada do dinheiro de bilheteria. O clube tem um acordo apalavrado com a Caixa Econômica Federal para renegociar a dívida contraída para a construção da Neo Química Arena. Na negociação, o Alvinegro poderia acessar os valores para se reestruturar financeiramente, o que injetaria algo em torno de R$ 50 milhões nos cofres corintianos anualmente.
Por fim, a diretoria trabalha com a meta de gastar 70% do valor arrecadado com o futebol, justamente para manter a saúde financeira e a possibilidade de ter um elenco forte em 2022. Depois de ver o Palmeiras, seu maior rival, conquistar a Copa Libertadores em duas temporadas seguidas, o Corinthians tenta fazer frente ao Alviverde e recuperar o prestígio continental,
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