Flamengo saboreia "doce vingança" e já respira nova era com Paulo Sousa
Reuniões, encontros, desencontros e uma certeza: Paulo Sousa é o novo técnico do Flamengo e será oficializado como comandante rubro-negro hoje (29) pelo clube.
Embora ainda não tenha formalizado seu desligamento da seleção da Polônia, ele e o Fla já debatem os próximos passos com a convicção de que não haverá entrave na liberação com os poloneses.
Ontem, no entanto, a notícia da demissão de Jorge Jesus do Benfica sacudiu a torcida, ainda que isso não tenha movido em um milímetro a decisão de ter Sousa no comando.
Ao passo que as redes sociais e parte da opinião pública se inflamaram pedindo que o clube revisse sua posição, os dirigentes rubro-negros não esconderam um doce sabor de vingança com o caos instaurado entre Benfica e o profissional.
Embora a saída do Mister do Flamengo tenha sido encarada como "parte do jogo", a ida para o Benfica deixou marcas pela forma como ocorreu: de forma abrupta e definitiva. Pouco depois de renovar com os cariocas, JJ se viu atraído por uma volta ao seu país, fez as malas e partiu, deixando o Fla sem treinador às vésperas do início do Brasileiro.
A admiração e o carinho permaneceram, é claro, e o português manteve encontros com caciques da política rubro-negra sempre que eles estiveram em Lisboa. Um regresso sempre foi sonhado pelas partes, ainda que as manifestações públicas sempre tenham sido cautelosas nesse sentido.
O que era apenas um desejo, no entanto, ficou mais próximo de virar realidade nos últimos dias, mas faltou sintonia para reatar o namoro. Em situação cada vez mais insustentável no Estádio da Luz, Jesus recebeu o vice de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel em sua casa, não falou com todas as letras que pretendia voltar e manteve a conversa em banho maria.
O vazamento de um suposto "sim" não caiu bem entre os dirigentes, que viram nessa manobra uma forma de o treinador se valorizar no Benfica. Para piorar um pouco, as declarações do auxiliar João de Deus, que concedeu uma entrevista afirmando que o técnico não abandonaria o barco, azedaram a relação ainda mais. Naquele momento, o Fla entendeu que estava sendo colocado no papel de vilão da história.
Por fim, a nota oficial do clube português, que teve o endosso de Jesus, deu o sinal definitivo de que o Rubro-negro não deveria ficar preso única e exclusivamente à possibilidade de retorno.
Os dirigentes sinalizaram que não esperariam os desdobramentos de Porto x Benfica (dia 30) para definirem a situação. Aguardaram um movimento mais concreto de JJ, mas isso não ocorreu. A decisão de ir em frente teve também a anuência do presidente Rodolfo Landim.
De sua parte, o Benfica manteve postura inflexível em relação à permanência e só demitiu seu comandante quando os brasileiros já tinham tudo alinhado para ter um novo treinador. Àquela altura, Flamengo e Paulo Sousa estavam em contato para debater o futuro, enquanto o estafe do campeão da Libertadores de 2019 trabalhava para minimizar os danos causados por duas portas fechadas em um único dia.
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