A saída do goleiro Fábio do Cruzeiro, confirmada ontem (5) pelo atleta e pelo clube causou repercussão negativa entre os torcedores, que viram a falta de respeito a um ídolo, que estava próximo de atingir os mil jogos vestindo a camisa cruzeirense e que tinha um acerto para renovação de contrato anterior à transformação na SAF, com a compra por Ronaldo.
No UOL News Esporte, Vitor Guedes afirma que faltou respeito por parte do Cruzeiro à história construída por Fábio no clube pela forma como o caso foi conduzido, incluindo a publicação de um vídeo logo após o anúncio da despedida do atleta.
"Foi muito mal conduzido, uma das primeiras coisas que a gente aprende na vida é que em toda regra há exceção e um cara que joga 17 anos em um clube, que aceita jogar a Série B ganhando menos durante duas temporadas, seria a terceira, é um caso de exceção. O futebol só é um negócio porque existe uma coisa chamada paixão, o cara consome a paixão dele", diz Vitão.
"Era uma insanidade o que acontecia no Cruzeiro, precisava de um choque de gestão. Agora, que gestão é essa que começa rifando o único ídolo do clube? Não lembro de clubes no Brasil que tenham um jogador que iria fazer mil jogos. Hoje em dia o cara faz 50 jogos e ganha camisa comemorativa, ele iria completar mil, iria renovar o contrato para fazer mil", completa.
O jornalista também questiona como os novos gestores do Cruzeiro não imaginaram que a repercussão pudesse ser negativa com a saída de um jogador que é identificado com os torcedores.
"O prejuízo de não manter esse negócio é gritante. De São Paulo, sem estar no dia a dia do Cruzeiro, se me perguntasse, me parecia óbvio que iria ser essa reação. Será que os caras que estudam, fazem MBA, passam 50 anos na Europa estudando, não perceberam que isso era óbvio, que a rejeição iria ser evidente? A falta de noção me choca", diz Vitão.
"Você não perceber que é dar um tiro no pé do negócio, isso vai dar uma reação contrária absurda, eu não sei se a economia que fará, já tinha aceitado reduzir o salário outras vezes. A economia que está sendo feita agora, é um prejuízo institucional tão grande que é um negócio que eu acho uma burrice", conclui.
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