O Atlético-MG negocia com o português Carlos Carvalhal depois do fracasso nas conversas com Jorge Jesus para assumir o comando do time na temporada, encontrando barreiras para tentar dar sequência ao trabalho realizado por Cuca na última temporada, que rendeu títulos do Brasileirão, encerrando um jejum de 50 anos, e da Copa do Brasil.
No UOL News Esporte, Vitor Guedes afirma não entender a repercussão em torno do nome de Carvalhal, que treina atualmente o Braga, além de já ter trabalhado no Sporting, no Rio Ave, no Besiktas e no Swansea, sem grandes conquistas obtidas.
"O Atlético-MG quer um bom treinador e avalia que não há esse treinador no Brasil. Só que a questão do Galo me parece noticiário do Flamengo com uma semana de delay. Espera o Jesus, o Jesus diz não, primeiro flerta e diz que vai, depois diz que não", diz Vitor Guedes.
"O Carvalhal para mim é uma tara inexplicável, não tem um título na carreira, não construiu uma história, dirige o Braga, fez uma boa campanha no Braga, como o Doriva foi campeão paulista pelo Ituano. Uma boa campanha, um título, não tem uma história no futebol que justifique essa tara pelo Carvalhal e a multa é pornográfica, 10 milhões de euros", completa.
Ele considera que a dificuldade em contratar um técnico de ponta do futebol europeu e encontrar boas opções, mesmo tendo as condições financeiras que o Galo tem, reside na pouca visibilidade que tem o futebol brasileiro no exterior.
"O futebol brasileiro tem um problema sério que é não repercutir lá fora. O trabalho do Jesus foi espetacular, o que o Abel Ferreira fez, ganhar duas Libertadores, é espetacular, que proposta eles receberam? Nenhuma. O Jesus voltou para o lugarzinho dele e o Abel não ficou nem em uma lista de 50 melhores técnicos, não porque não merecesse, mas porque eles não olham para o futebol brasileiro", diz Vitão.
"O futebol brasileiro não atrai os grandes nomes, então o Atlético-MG tem um baita time, tem estrutura, tem grana para pagar, mas atrai um grupo muito secundário de treinadores. Não é o Atlético-MG, o futebol brasileiro não atrai os grandes nomes, é um problema nosso", conclui.
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