Justiça portuguesa aponta irregularidades na venda de Pedrinho ao Benfica
Uma investigação do Ministério Público de Portugal mostrou que o ex-presidente do Benfica-POR é suspeito de receber ao menos 10 milhões de euros em comissões como parte de pagamento pela transferência de 55 jogadores, entre eles os brasileiros Everton Cebolinha, Morato e Pedrinho. No caso do Pedrinho, contratado junto ao Corinthians por 18 milhões de euros, e que hoje atua pelo Shakhtar Donetsk-UCR, as escutas do MP português indicam que Bertolucci e o empresário português Bruno Macedo teriam recebido comissão de ambas as partes da transferência: Benfica e Corinthians. Bertolucci nega qualquer irregularidade.
A informação foi revelada pela revista portuguesa Sábado e confirmada pelo UOL, e faz parte da Operação Cartão Vermelho. Segundo as escutas telefônicas autorizadas pela justiça de Portugal e documentos apreendidos na casa de Macedo, na cidade de Braga, em Portugal, três meses depois da negociação entre Corinthians e Benfica, Bertoluuci comprou um imóvel avaliado em 3,9 milhões de euros da sociedade White Walls, uma offshore que seria de Luís Filipe Vieira.
''Os fatos sugerem uma correlação entre a transferência do jogador e a transação imobiliária realizada entre a sociedade White Walls e Giuliano Bertolucci, como eventual instrumento para a repartição de contrapartidas com Luís Filipe Vieira'', escreve o procurador Rosário Teixeira.
Bertolucci está sendo investigado em três processos diferentes, dois no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, denominados Cartão Vermelho e Prolongamento, e outro no Departamento de Investigação e Ação Penal e Lisboa, por conta de transações efetuadas com o Benfica e com o Porto.
Através da sua assessoria de imprensa, Bertolucci afirmou que "não houve nenhuma contrapartida na negociação do atleta Pedrinho, e nenhum outro jogador, e não deu imóvel a ninguém. E que toda a informação recebida sobre esta situação veio através da imprensa".
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