Rotação contra o desgaste e versatilidade: as ideias de Medina no Inter

Desde a confirmação da contratação de Alexander Medina, os torcedores do Inter imaginam como ele poderá montar o time. Mais perto de essa hora realmente chegar, o treinador uruguaio deu indícios sobre seus planos na coletiva de apresentação, concedida ontem (7).

O primeiro ponto abordado foi o protagonismo. O termo, repetidamente citado até mesmo pelos dirigentes que antecederam Medina, pautou as manifestações iniciais do comandante. Um Inter forte, no Beira-Rio ou fora dele.

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"Vamos imprimir muito trabalho, dedicação, paixão. Queremos fazer do Inter protagonista, um time muito competitivo, tanto no Beira-Rio como quando visitante. Queremos convencer os jogadores do que temos que fazer, alinharmos cada jogo e enfrentar da melhor maneira, sempre tentando ganhar. É a missão que temos como treinadores. Vamos trabalhar duro para fazer um Inter capaz de competir em todos os campeonatos que joguemos", disse.

Além disso, o uruguaio citou a necessidade de driblar as dificuldades impostas pelo desgaste ocasionado por um número elevado de jogos e os deslocamentos largos do futebol brasileiro. Apostando alto na intensidade de suas equipes, Medina fala em rotação e adaptação.

"Sabemos que no Brasil há muitos jogos e poucos dias de recuperação. Por isso, queremos um plantel mais amplo, ter jogadores competitivos em todas as posições. Depois, vamos tratar de otimizar também a recuperação entre as partidas. Vamos dotar o time de conhecimento sobre cada jogo, vamos ser detalhistas", disse.

Sobre o estilo de jogo, Medina entende que é possível dosar. Não ser um time tão apegado a uma determinada forma, mas ser versátil e ter qualidades que possam se moldar a cada adversário.

"Todos os posicionamentos são válidos. Vamos tratar de jogar como estivermos convencidos com os jogadores de como fazer. Pressionar alto, bloco médio ou bloco baixo. Em cada fase do jogo, temos que saber o que fazer. Gostamos de um time versátil, que possa causar dano ao adversário tanto em posse como em transição ou atacando o espaço. O mais importante é saber o que fazer em cada fase do jogo", contou o técnico.

A pressão caracteriza suas equipes, no entanto, até mesmo esta peculiaridade dependerá de cada momento e da receptividade dos atletas, na avaliação dele. O importante é que os jogadores de frente estejam prontos para ajudar o coletivo

"Gostamos, obviamente, de jogar com extremas e atacantes, de ter um jogo de protagonismo. Mas, sem descuidar da defesa. Há quatro momentos no futebol: ataque, defesa e suas transições. Necessitamos de atacantes versáteis para fazer as duas funções. Primeiro atacar, claro, mas também defender porque é uma necessidade do jogo", disse.

Por fim, Medina referiu a necessidade de reforços e agregar qualidade e quantidade ao elenco que ele já considera bom.

"Temos um plantel de muita qualidade, mas vamos ver o mercado para ampliar ainda mais. Estamos trabalhando nisso. Temos necessidades em algumas posições e estamos em busca com a direção para sermos um time mais completo. Antes de chegar, analisamos o elenco e vimos que tem muita qualidade", finalizou.