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OPINIÃO

Colunistas: Sucesso de Endrick mostra Copinha cada vez mais 'precoce'?

Endrick, de apenas 15 anos, vem correspondendo às expectativas e brilhando pelo Palmeiras na Copinha - Reprodução/Twitter
Endrick, de apenas 15 anos, vem correspondendo às expectativas e brilhando pelo Palmeiras na Copinha Imagem: Reprodução/Twitter

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

11/01/2022 12h32

Endrick, menino de apenas 15 anos do Palmeiras, é até aqui a grande sensação da Copa São Paulo de Futebol Junior 2022. O atacante, que já desperta interesse do futebol europeu, tem quatro gols na competição em dois jogos, sendo apenas um deles como titular — somando os dois jogos do Verdinho na competição, o garoto só atuou em 90 minutos.

O sucesso de Endrick mostra que a Copinha está cada vez mais 'precoce'? Fizemos essa pergunta aos colunistas do UOL Esporte, que deram as mais variadas opiniões sobre o assunto. Confira as respostas:

Por enquanto, sucesso de Endrick mostra que ele joga demais, é um fenômeno. Precoce e claramente uma exceção, dessas que surgem de tempos em tempos. Não vejo relação nenhuma com a Copinha.
ANDRÉ ROCHA

Sem dúvida. Não a Copinha, mas o futebol de maneira geral. Rapazes de 18, 19 anos já têm o porte físico para jogar entre profissionais, é uma questão de trabalhar mente, atitude, parte tática. Quem tem talento ou reúne as devidas condições, já sobe com esta idade. É natural que, na Copinha, a precocidade seja a mesma - mas na faixa etária anterior.
JULIO GOMES

Cada vez mais precoce é o mercado europeu, e, por isso, nosso mercado "fornecedor" se adapta à demanda. Pena que a maioria dos clubes não conseguem se adaptar e seguem sendo presas fáceis de ambos: empresários e clubes de fora.
MARÍLIA RUIZ

A Copinha é um dos eventos esportivos que evidencia a precocidade no esporte, mas há outros exemplos, como a Fórmula 1, que tem uma verdadeira legião de garotos que hoje dividem o grid com outros pilotos já tarimbados. No caso do Endrick, de 15 anos, só espero que o Palmeiras dê todo o suporte necessário para que ele não fique deslumbrado com esse assédio inicial e permaneça no clube por algum tempo. Que este menino se cuide em relação aos "parças", que sempre ficam orbitando em torno das estrelas do futebol...
MILTON NEVES

É normal jogadores considerados muito acima da média por seus treinadores eliminarem etapas na base. A história do futebol brasileiro está repleta de casos assim. Na Copinha, esses exemplos costumam aparecer.
PERRONE

Os jovens sobem cada vez mais cedo para o profissional (e os melhores logo são vendidos para o exterior), naturalmente, a Copinha tende a ser disputada pelos ainda mais jovens, como os sub-17 do Flamengo e o Endrick, de apenas 15 anos. Processo natural do estágio atual do futebol brasileiro.
RENATO MAURÍCIO PRADO

Sim, há uma necessidade dos clubes em revelar logo seus jovens promissores para poder vendê-los o quanto antes. E também com o medo de perdê-los para um time europeu antes disso. Mas não é só na Copinha. No profissional estão antecipando bastante a estreia da garotada.
RODOLFO RODRIGUES

Basicamente todo ano surge um jogador abaixo da idade que se destaca na Copinha. Mostra individualmente a capacidade dele, mas num período da competição ainda de nível muito baixo. É preciso acompanhar com mais atenção e prudência para não se exaltar demasiadamente feitos contra equipes semi-amadoras da primeira fase. Com mais investimento na base por parte dos grandes clubes, é natural que jogadores se desenvolvam mais rápido.
RODRIGO COUTINHO

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