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Cruzeiro tem de pagar R$ 140 milhões de dívidas na FIFA até o fim de 2023

Ronaldo em sua primeira entrevista coletiva no Cruzeiro - Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Ronaldo em sua primeira entrevista coletiva no Cruzeiro Imagem: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Lohanna Lima e Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte, MG

11/01/2022 12h22


Uma das principais dúvidas do torcedor do Cruzeiro em relação à administração da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) por Ronaldo é sobre como será realizado o aporte financeiro ao longo do tempo. Nesta terça-feira (11), o Fenômeno concedeu entrevista coletiva e abordou diversos temas, entre eles o planejamento sobre o investimento.

Uma das principais urgências do clube, hoje, é quitar as dívidas na Fifa referentes às contratações de Riascos e Arrascaeta, que resultaram na punição do transfer ban, que impede o Cruzeiro de registrar novos contratos desde o meio do ano passado. No entanto, Ronaldo explicou que o valor de débitos com outros clubes pode chegar a R$ 140 milhões até o fim de 2023, sendo assim uma das prioridades da administração.

"A gente ainda está descobrindo o tamanho do buraco que existe no clube. De imediato, nós temos algumas dívidas que não podem ser ignoradas e cumpriremos com elas. Para o fim deste mês de janeiro temos de obrigatoriedade de pagar R$ 23 milhões (Arrascaeta e Riascos) e, durante este ano e o próximo, vamos chegar ao valor total. São as dívidas com clubes que podem sofrer um novo transfer ban e que totalizam um valor de R$ 140 milhões. Tem um parcelamento e a gente tem ainda a possibilidade de negociar com os clubes. E vamos procurar fazer isso", explicou.

Sobre os demais investimentos, Ronaldo adotou um tom bem cauteloso ao falar de como pretende colocar dinheiro no clube. Segundo o mandatário, esse é um projeto que ainda não começou a ser trabalhado.

"Não existe ainda um projeto de aporte. Primeiro estamos criando um novo padrão de gestão, um padrão eficiente e sustentável. Essa é a principal mensagem que posso deixar ao nosso torcedor. Vamos fazer uma gestão totalmente eficiente. Não gastaremos nenhum centavo a mais do que arrecadaremos. Logicamente vou cumprir com meus acordos contratuais da SAF, quando tiver um planejamento, vou voltar a falar e deixar isso bastante claro", projetou.