Ska Brasil: rival do Vasco tem nome musical, estrutura top e Edmilson dono
Já classificado para a próxima fase da Copinha, o Vasco enfrenta hoje (11), às 17h15, no estádio Municipal de Santana da Parnaíba (SP), pelo Grupo 24, o Ska Brasil, clube que tem como dono o pentacampeão mundial Edmilson —ex-São Paulo e Barcelona— e que vem chamando a atenção nas divisões de base muito além do nome curioso.
Fundada há menos de três anos, a agremiação se destaca pela estrutura oferecida aos seus jovens jogadores, divididos nas categorias do sub-11 ao sub-23. No universo da base, há quem a aponte como uma das melhores do Brasil.
Situado na cidade paulista onde estão acontecendo os jogos da chave, o Centro de Formação de Atletas Professor Telê Santana possui mais de 120 acomodações —entre alojamento e hotel— além de refeitório, cozinha, auditório, academia, fisioterapia, piscina coberta e descoberta, ginásio de futsal e espaço para eventos.
Sócio do grupo japonês Skylight, Edmilson faz questão de frisar a preocupação que o Ska Brasil tem também com o lado social.
"Para começar a fazer futebol precisamos dar uma boa condição para esses garotos. No nosso centro de formação, nós fornecemos alimentação no mínimo cinco vezes ao dia. Oferecemos estrutura para dormir e condições adequadas. Costumo dizer que o garoto precisa estar mais dentro de campo do que dentro do ônibus. Um atleta de formação tem que ter três pontos: moradia, comida e boas condições de treinamento", declarou Edmilson ao UOL Esporte.
Mesmo com pouco tempo de vida, o Ska Brasil começa a dar frutos e já realizou algumas transferências para clubes tradicionais na base como Atlético-MG, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e outros. Ano passado, também fechou seu primeiro negócio internacional, cedendo por empréstimo um atleta para o Akritas, do Chipre.
Atualmente, o clube conta com oito patrocinadores, sendo o principal a empresa de eletrodomésticos "Mondial", que estampa sua marca na propriedade máster do uniforme de jogo.
Edmilson lamenta falta de proteção para a base
Apesar de oferecer uma grande infraestrutura e contar como um projeto esportivo-social amplamente elaborado, Edmilson tem enxergado as dificuldades do "status quo" instaurado há décadas nas divisões de base não só do Brasil como no mundo.
"Para tocar o futebol aqui no Brasil tem que estar protegido de tudo. Acho que a grande dificuldade é a falta de proteção do sistema. Há aliciamento de outras equipes e, principalmente, de representantes, que não investem praticamente nada. Há muitos profissionais do setor de agenciamento mal preparados", destacou Edmilson, que complementou:
"Eu acredito muito na formação, mas é um trabalho a três: o pai, o empresário e o clube. O clube paga o salário de formação, dá comida, luz, água, material de treino... O clube paga tudo, e ainda fica sujeito a essa falta de proteção do sistema. Essas dificuldades acontecem lamentavelmente fora e dentro do Brasil".
Nome foi inspirado em ritmo musical jamaicano
O curioso nome foi inspirado no ritmo musical jamaicano "Ska", e a ideia é que ele transmita a filosofia que o clube gosta de implementar.
"Inicialmente, ele seria chamado Sky, mas tivemos problemas de direitos autorais. E aí o pessoal que fez o branding do clube trouxe esse nome do Ska e achamos legal, pois está dentro do que pregamos de alegria, criatividade, improviso, enfrentamento... É um nome forte, bacana", explicou Edmilson.
No Brasil, a banda que ficou mais marcada tocando esse gênero musical foi os Paralamas do Sucesso. Outros grupos como Charlie Brown Jr. e Los Hermanos também já adotaram esse ritmo em alguns de seus hits.
Estádio com grama sintética
O Ska Brasil costuma realizar seus jogos no estádio Municipal de Santana de Parnaíba, na Região Metropolitana de São Paulo. Inaugurado pela prefeitura da cidade em 30 de dezembro de 2020 e com capacidade para 7.200 pessoas, ele tem como principal característica o fato de possuir grama sintética.
Todas as partidas do Grupo 24 da Copinha estão sendo realizados no local, que tem sido muito elogiado em termos estruturais pelos clubes que estão atuando por lá.
Diretor de fornecedor conheceu Edmilson no Barcelona
Em seu primeiro ano, o Ska Brasil vestiu "Nike". Porém, desde 2020 o clube tem como fornecedor de material esportivo a empresa espanhola "Joma Sport". Curiosamente, o diretor da marca no Brasil, Claudio Ribeiro, conheceu Edmilson no Barcelona (ESP). O executivo atuava na equipe de futsal da agremiação catalã enquanto o amigo era do campo.
Edmilson defendeu o Barcelona de 2004 a 2008 e por lá foi campeão da Champions League, bicampeão espanhol e campeão da Supercopa.
A camisa número 1 do Ska Brasil tem a predominância da cor laranja. Há, porém, uniformes também nas cores azul-marinho e azul claro.
Ska Brasil precisa de apenas um empate
Participando pela primeira vez da Copa São Paulo, o Ska Brasil precisa de apenas um empate com o Vasco para se classificar para a próxima fase. Os cariocas lideram o Grupo 24 com seis pontos, duas vitórias, 16 gols de saldo e já estão classificados. O clube de Edmilson tem quatro pontos com uma vitória, um empate e três gols de saldo. O Lagarto (SE) tem um ponto e o Rio Claro (SP) nenhum.
O Ska Brasil venceu o Rio Claro por 3 a 0 na primeira rodada e empatou em 2 a 2 com o Lagarto na segunda. Já o Vasco aplicou 5 a 1 sobre o Lagarto e uma impressionante goleada de 12 a 0 sobre o Rio Claro, a maior da Copinha até aqui.
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