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Comissão médica da CBF quer exigir vacina a jogadores para torneios em 2022

Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/01/2022 19h41

A comissão médica da CBF vai encaminhar à diretoria de competições uma orientação para que os jogadores envolvidos nos torneios organizados pela entidade tenham que ter vacinação completa para entrar em campo. A ideia é que essa exigência faça parte das diretrizes e protocolos para esta temporada, diante do aumento de casos da variante ômicrom no país.

Segundo Jorge Pagura, presidente da comissão, a proposta é que o monitoramento da aplicação das doses faça parte do passaporte de vacinas a ser implementado neste ano. Pagura só não dá a exigência como oficial ainda porque precisa validar a orientação com o departamento de competições, chefiado por Manoel Flores.

"Mesmo que eu não consiga proteger de pegar, vamos evitar que algum jogador pegue alguma coisa mais grave. Isso é proteção ao atleta", justifica Pagura, ao UOL Esporte.

A ideia é que o sistema fique pronto já a tempo da Copa do Nordeste, com início em 22 de janeiro. Com o avanço da proposta, o jogador, segundo Pagura, só ficará elegível e disponível na súmula eletrônica se a documentação disser que o esquema de vacina está completo.

"Eu tenho que proteger. O único mecanismo é vacinar. Não podemos arriscar. É a proposição do protocolo da comissão", completou.

O novo protocolo da CBF para 2022 deve ser publicado nos próximos dias e prevê o retorno dos testes obrigatórios mesmo para quem já pegou covid-19 antes de 1º de janeiro deste ano. Quem já contraiu a doença em 2022 e se recuperou terá um período de isenção de quatro meses em relação à testagem PCR.

Mais cedo, Pagura participou da coletiva após a convocação da seleção brasileira para jogos das Eliminatórias. Nela, Tite deu a informação de que o lateral-esquerdo Renan Lodi ficou fora da lista por só ter tomado a primeira dose e, assim, iria ficar impedido de entrar no Equador e, se viesse para o Brasil, teria que fazer quarentena.

"O interesse coletivo supera o individual em relação ao problema de vacinação. É técnico e institucional. A CBF prioriza aqueles que têm a vacinação completa", comentou Pagura, na coletiva.