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Nikão assume a camisa 10 do São Paulo e já se escala para a estreia

Nikão é apresentado oficialmente com a camisa 10 do São Paulo - Reprodução
Nikão é apresentado oficialmente com a camisa 10 do São Paulo Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

20/01/2022 14h42

O meio-campista Nikão deu sua primeira entrevista coletiva pelo São Paulo na tarde de hoje (20), no CT da Barra Funda, em mais uma da sequência de apresentações oficiais dos reforços tricolores. O jogador admitiu que a camisa 10 é uma responsabilidade maior e "se escalou" para a estreia do Tricolor na temporada.

"Fico muito feliz. É uma camisa que grandes craques tiveram a honra de vestir, e eu sou um cara privilegiado de também poder vestir esta camisa. Camisa 10 de Raí, Zizinho, Pita, Pedro Rocha, Hernanes? É uma camisa de muito peso na história desse clube. Sei que é uma responsabilidade, mas venho para fazer meu trabalho e sei do que preciso fazer com os companheiros, no dia-a-dia, para ajudar o São Paulo a alcançar seus objetivos", discursou o meio-campista.

A camisa 10 do São Paulo estava vaga desde a saída de Daniel Alves, que teve seu contrato rescindido em setembro. Agora o novo dono quer ressignificar o número para o torcedor são-paulino, e por que não começar já no primeiro jogo da temporada, na próxima quinta-feira (27)?

"O tempo [de preparação] é bem curto, mas eu vim para cá sabendo disso e me preparei, estava treinando antes da apresentação. Vou precisar de adaptação, mas nada muito longe do que já vinha fazendo. O Rogério tem me usado em algumas posições [nos treinos], algumas formações diferentes, e vamos ver o que ele prepara para estreia", diz Nikão, sorrindo, dando a entender que está à disposição para o jogo contra o Guarani, pelo Campeonato Paulista, daqui a uma semana.

Aos 29 anos, Nikão assinou contrato de três temporadas e chega com a missão de repetir as boas atuações que teve nos sete anos de Athletico. Ele chegou a ser dado como reforço certo do Internacional nesta janela de transferências, mas escolheu o Tricolor.

"Realmente foi tudo muito rápido, eu resolvi e deu certo de vir para o São Paulo. É uma oportunidade única, muitos jogadores gostariam de jogar aqui, então quando a proposta apareceu eu não pensei duas vezes em vestir essa camisa", afirmou na coletiva, adicionando que "não tem como dizer não para este clube".

Nikão é apresentado como reforço do São Paulo para 2022 - Reprodução - Reprodução
Após sete anos no Athletico, Nikão tem novo desafio na carreira como 10 do São Paulo
Imagem: Reprodução

Veja outras respostas de Nikão na apresentação:

Papo com Ceni
"Tive uma conversa com o Rogério antes de vir. Ele colocou o que pensa, como entende que será bom para mim e para a equipe. É um cara que dispensa comentários, conhece o São Paulo como poucos, um grande ídolo. Agora é trabalhar bastante, desfrutar de tudo isso daqui e deixar nas mãos do Rogério o que for melhor para a equipe."

História de superação
"Já falei muitas vezes de onde vim: sou um mineirinho que saiu lá do interior, da cidade de Montes Claros, que agora parece estar vivendo um sonho ao chegar a um clube como este. Vestir a camisa 10 é uma responsabilidade muito grande, mas tenho minha história e tento passar algo disso para os mais jovens. Perdi minha mãe aos oito anos, por um câncer; aos 16, minha vó, que cuidou de mim, teve infarto e também a perdi; aos 23 anos perdi um irmão em um acidente; meu pai não conheci e até hoje não conheço. Passei por muitas dificuldades, muita luta, mas Deus tem me sustentado, tenho uma família, esposa e filhos lindos. Só tenho a agradecer por poder vivenciar este momento e estar em um clube deste tamanho. Vai me exigir bastante, mas estou preparado."

Mudança após sete anos de Athletico
"Com o São Paulo já havia um namoro faz alguns anos, mas sempre bateu na trave e nunca se concretizou. Agora as coisas aconteceram. A mudança é natural: eu saí de casa com 11 anos, joguei em muitas equipes, em muitas cidades. Quem sofre um pouco é minha esposa, os filhos, porque ficaram sete anos em Curitiba. Isso exige adaptação, mas conversamos, e eles disseram para eu vir, que estariam comigo. Se cabe minha família, me cabe. Tem adaptação, mas São Paulo é uma camisa que não tem como dizer não. Se aparecer, tem que dizer sim."

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