Vasco: vices defendem SAF e apontam tema como prioridade da gestão
Em meio ao debate para a transformação do departamento de futebol em sociedade anônima do futebol (SAF), o Vasco transmitiu uma explanação que contou com o vice-presidente Geral Roberto Duque Estrada e com o vice-presidente Jurídico Zeca Bulhões, na manhã de hoje (21). O assunto, que para ser concretizado precisa da aprovação do Conselho, está longe de ser unanimidade tanto entre os grupos políticos quanto entre os torcedores.
Durante o evento, Duque Estrada afirmou que o tema é prioridade no clube, e que a diretoria cruz-maltina está em uma segunda etapa da caminhada, que foi classificada como "conversa com possíveis investidores". O modelo de implementação, porém, ainda deve ser discutido.
"Os estudos foram iniciados, estão em fase de conclusão, e estamos começando com a segunda etapa, que é a conversa com interlocutores, possíveis investidores. Estamos em um momento que não podemos deixar para trás a modernidade. A SAF é uma nova página na história do futebol brasileiro. Posso ter uma SAF 100% do Vasco, uma SAF com investidores minoritários e uma SAF com investidores majoritários. Tudo depende do modelo adotado", defendeu.
"Estamos começando, agora, uma segunda fase, de implementação do modelo. Qual modelo vai ser? Estamos aqui nesta discussão. Esta é a primeira discussão. A prioridade, hoje, da nossa gestão, é encontrarmos um caminho de criação de uma SAF que seja interessante para o Vasco, para a torcida", completou, em outro momento.
Bulhões, por sua vez, apontou que os sócios que vão indicar o caminho a ser seguido pelo investimento
"Cabe aos sócios do clube decidir o modelo e a forma de financiamento da atividade. A SAF gera muitas oportunidades livres de dívidas, que serão organizadas para pagamento de forma organizada. Vai assegurar o pagamento das dívidas. O futebol requer muito dinheiro. O modelo jurídico do clube tem que estar preparado para suportar esses custos. Particularmente, vejo com bons olhos esse movimento de profissionalização dos clubes. Isso facilitaria a criação de uma liga", disse.
Como o UOL Esporte mostrou, a SAF é uma questão que não está uníssona no Vasco. Grupos políticos demonstram preocupação com o tom de urgência que a cúpula do clube vem abordando o tema, e pedem mais transparência no que vem sendo colocado à mesa.
Além disso, causa incômodo que a gestão esteja adotando a SAF como única solução. Há a lembrança, inclusive, que, na ocasião da campanha, diversas propostas foram apresentadas e o "clube-empresa" nem sequer foi discutido pela "Mais Vasco" como um dos caminhos a ser seguido.
De fato, antes do pleito, que aconteceu em novembro de 2020, o então candidato Jorge Salgado disse que não via "a necessidade ainda de o Vasco se transformar em um clube-empresa". A diretoria, porém, aponta que a Lei da SAF, aprovada no ano passado, mudou a visão sobre o assunto.
Até aqui, alguns nomes de investidores foram apontados como possíveis interessados no Vasco, sendo um deles foi a empresa americana "777 Partners", que é dona do Genoa, da Itália, e de outras equipes, além de ter participação minoritária de 15% no Sevilla, da Espanha.
O Cruz-Maltino, recentemente, contratou a empresa de auditoria e consultoria KPMG, para valorar o projeto, e o escritório de advocacia Veirano, para estudar toda a parte jurídica.
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