Fla e Al-Hilal seguem negociação, e Michael vê prazo pelo Mundial apertar
As negociações entre Flamengo e Al-Hilal (SAU) por Michael seguem, mas o que parecia líquido e certo vai ganhando contornos de novela e o tempo passa a ser inimigo do atacante.
Ao passo que as conversas ainda não chegaram a um termo final, o jogador vê a sua presença no Mundial de Clubes ameaçada. Como a data-limite para a inscrição de jogadores termina amanhã (24), a transação tem de ser acelerada caso os árabes queiram ter o jogador em Abu Dhabi (EAU), cidade que sedia o torneio da Fifa.
A conversa não se encerra caso o negócio não seja concretizado a tempo, mas o investimento no atleta previa a sua utilização em um torneio considerado de suma importância pelos sauditas.
Michael foi um pedido do técnico português Leonardo Jardim, e os árabes estão empenhados na contratação. O Fla, por sua vez, não está disposto a abrir mão do que deseja e mantém posição firme na mesa de negociações. Há expectativa de que o negócio possa sair ainda hoje (23).
Após uma boa temporada em 2021, o Rubro-Negro chamou a atenção dos sauditas, que acenaram com 8 milhões de dólares (R$ 44,1 milhões) em um primeiro momento. Dono de 80% dos direitos do atleta, o Fla quer mais e negocia que o repasse dos direitos ao Goiás, dono de 5% dos direitos econômicos, seja pago à parte.
Comprado por 7,5 milhões de euros (R$ 38,4 milhões na cotação da época), Michael foi uma espécie de luxo do Fla no mercado de 2020. Turbinado pela temporada de 2019 e com a esperança de ao menos repetir a dose no ano seguinte, o Rubro-Negro atropelou a concorrência e levou o atleta.
Enquanto seu futuro está em debate, Michael cumpriu normalmente a sua rotina de treinos no Ninho do Urubu. O camisa 19, que tem contrato até 31 de dezembro de 2024, não esconde que a proposta salarial do Al-Hilal é irrecusável, mas não abre mão de uma negociação que mantenha as portas da Gávea abertas.
Até que esta missão seja concluída, o Fla não força a barra no mercado da bola e espera para saber quais serão as reais carências do técnico Paulo Sousa. Antes das compras, o Rubro-Negro enxuga o grupo e liberou atletas que não teriam vez com Paulo Sousa. Michael não é considerado uma peça descartável, mas basta um acordo financeiro para que o xodó da torcida mude de ares.
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