Vítima espera que Robinho cumpra pena por estupro no Brasil ou na Itália
O atacante Robinho foi condenado em última instância, na última quarta-feira, por violência sexual de grupo, e a vítima, uma mulher albanesa que teve sua identidade preservada, espera que o jogador cumpra a pena de nove anos de prisão.
Por meio de seu advogado, Giaccobo Gnocchi, a vítima defendeu o cumprimento da pena por violência sexual de grupo, seja no Brasil ou na Itália. Robinho foi condenado pela justiça italiana, mas dificilmente irá para o país europeu, já que a Constituição veta a extradição de brasileiros. O atleta, porém, pode cumprir a sentença no Brasil.
"Se o culpado estivesse na Itália, seria emitida uma ordem de prisão e a pena seria executada, o problema é que quem foi declarado culpado não está na Itália e não é cidadão italiano. Está no Brasil, e é cidadão brasileiro", explicou o advogado da vítima em entrevista ao "Fantástico".
"Não é um problema de extradição. Se houver extradição, está muito bem, mas se a pena for cumprida no Brasil, está bem também", completou.
O advogado ainda relatou que a vítima compareceu à audiência na Corte de Cassação de Roma, e se emocionou ao acompanhar o fim do episódio, que teve início em 2013, em uma boate em Milão, na Itália. Na última quinta-feira, a mulher havia se pronunciado pela primeira vez, enviando uma mensagem exclusiva ao UOL.
Giaccobo Gnocchi falou sobre a reação da mulher ao julgamento. "A vitima estava presente, assistiu a audiência e depois que ouvimos à decisão, ela não fez nenhuma declaração. Obviamente estava emocionada, pois se tratava da última fase de um processo no qual ela foi a vítima. Ela quer seguir adiante com a sua vida, tranquila. Nunca foi uma questão de indenização, de dinheiro, mas sim de ver a lei aplicada por causa da violência sofrida", falou o advogado.
Por fim, Gnocchi deixou um recado para as mulheres brasileiras, e as encorajou a denunciar casos com o de sua cliente.
"A mensagem é sempre denunciar. Apesar das dificuldades de cada país, e das diferentes situações, a lei existe. O silencio não ajuda ninguém. No silêncio, a violência fica escondida. Portanto, é preciso denunciar", disse.
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