Tite minimiza 'marketing pessoal' com números pela seleção: 'Secundário'
O caminho que resta para o Brasil nas Eliminatórias é indiferente para a classificação à Copa do Mundo, mas o técnico Tite está diante da possibilidade de concluir uma campanha invicta ao longo de 18 rodadas, se não for derrotado nos próximos quatro (talvez cinco) jogos que restam. Mais do que isso, o acúmulo de pontos nessas partidas — a começar pela de amanhã (27), contra o Equador — pode, enfim, devolver a liderança do ranking da Fifa ao Brasil, algo que não acontece desde 2017.
A campanha atual nas Eliminatórias tem 11 vitórias e dois empates. Para Tite, no entanto, trabalhar em cima desses números é algo que dialoga mais com "marketing pessoal" do que com outros objetivos para esses meses que antecedem a Copa do Mundo do Qatar — onde o treinador completará seu ciclo na seleção.
"Isso é marketing pessoal. Eu sou menos marketing pessoal, de que Tite fez parte de tal, da melhor campanha. Gosto como ser humano de ver trabalho reconhecido, mas gosto mais de criar um ambiente de trabalho em que todos se sintam bem, que façamos trabalho de quantificação de carga e estabelecer posição função como eles fazem no clube. O reconhecimento desse desempenho me deixa mais feliz, vai me deixar mais gratificado e me deixar realizado, porque consigo conciliar lado humano e profissional, o que sempre busco. Gosto de reconhecimento, sou ser humano. Mas marketing pessoal é secundário", disse Tite, em entrevista coletiva em Quito, onde acontecerá o jogo diante dos equatorianos.
Encarar as partidas que restam dessa maneira impacta na forma com a qual Tite chega para o jogo em Quito. O reencontro é com a mesma cidade em que iniciou a trajetória como técnico da seleção. Não há mais a pressão por uma vaga na Copa do Mundo. Mas quem disse que Tite se sente mais relaxado por conta disso?
"A sensação e emoção é que eu ia estar um pouco mais light, mais fresh. mas não. As mesmas emoções, mesmas ansiedades, possibilidade de dar ao atleta a condição de ele fazer o melhor, estrategicamente estar preparado para o jogo, continua com a mesma pressão, confesso", contou o treinador.
O "marketing pessoal" talvez precise vir à tona em 2023, quando ele deve deixar a seleção brasileira e buscar novo propósito na carreira. Mas, até agora, o fato é que Tite soma 68 jogos pelo Brasil. E nesse período são 51 vitórias, 12 empates e cinco derrotas. É um Brasil que faz 2,1 gols/partida e sofre 0,4, em média. Copa América ganha, Copa América perdida, frustração na Copa do Mundo e mais um Mundial no horizonte. A responsabilidade do cargo não permite a sensação de relaxamento.
"Estou mais velho, mais calejado, e a emoção permanece. Essa ansiedade, as características de ser técnico da seleção, o que é bem diferente do clube, esse fascínio Eu estou num local onde talvez todas as pessoas do mundo gostariam de estar e sei da minha responsabilidade de dar o melhor possível", disse Tite.
O jogo de amanhã contra o Equador será no estádio Casa Blanca, em Quito, a partir das 18h (de Brasília).
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