Transição para SAF faz Botafogo viver 'gangorra' no departamento de futebol
Nem lá, nem cá. O Botafogo vive, neste início de temporada, um momento dúbio no departamento de futebol. Ao mesmo tempo que há a expectativa de investimentos em breve, a diretoria ainda aguarda os trâmites da transição para a SAF para poder avançar no mercado.
E esse período gera tensão na comissão técnica, como explicitou Enderson Moreira, após o empate de ontem (25) com o Boavista, na estreia no Campeonato Carioca.
De acordo com o treinador, o Alvinegro já havia realizado um mapeamento em busca de reforços e tinha algumas negociações em andamento, mas que, agora, não se pode "caminhar" até que tudo seja concretizado com John Textor, empresário norte-americano que será o dono de 90% da SAF do Glorioso.
"Agora é o período mais complicado, porque é um período de transição e não conseguimos caminhar. Estamos aguardando, esperando que os papéis possam ser assinados e as coisas sejam bem definidas para que possamos caminhar e ir em busca daqueles atletas que foram colocados há algum tempo como prioridade para a temporada de 2022", disse.
Segundo o treinador, a situação faz com que o Botafogo antecipe algumas situações, como a utilização de atletas oriundos da base, neste Estadual, além de não conseguir suprir as carências identificadas para a temporada.
"Hoje temos um novo dono, estamos aguardando um pouco o que são as novas diretrizes. Com certeza queríamos ter uma equipe com jogadores com boa experiência, isso seria importante para os meninos, seria um espelho para eles. Mas a gente não teve e era uma preocupação minha desde o ano passado que a gente pudesse, já nesse início, ter uma equipe bem competitiva, madura e bem preparada para disputar o Campeonato Estadual, Copa do Brasil e o Brasileiro. Não podemos, infelizmente, esperar um time para o Brasileiro porque o Estadual é extremamente importante", completou, em outro momento.
O processo pelo qual o clube passa se iniciou após a aprovação do contrato vinculante — documento que demonstra um compromisso firme do comprador em executar o negócio ali indicado — por parte do Conselho Deliberativo e Assembleia Geral.
Inicialmente, haverá um aporte de R$ 50 milhões em empréstimo, quantia que também poderá ser usada na contratação de jogadores, caso assim defina um comitê formado por membros do clube e do investidor, segundo explicou o advogado Jorge Gallo, que assessorou Textor, em recente entrevista ao UOL Esporte. Vale lembrar, porém, que há questões do dia a dia do clube que a cúpula visa quitar e poderá usar esse valor.
Posteriormente, com toda a burocracia finalizada, haverá o pagamento de R$ 100 milhões à vista, outros R$ 100 milhões em 12 meses, mais R$ 100 milhões em 24 meses e mais R$ 50 milhões em 36 meses.
"Nossa intenção é fechar a documentação e auditoria o quanto antes, porque só com essa negociação fechada que vai se conseguir fazer um planejamento concreto. Ainda que se tenha o benefício da janela maior, o quanto antes você conseguir formar o elenco que vai, ao menos, iniciar essa nova caminhada, melhor, porque tem a questão se tem alguém jogando na Europa, alguém que não é brasileiro e não fala a língua... Então, tudo isso que tem como planejamento para a equipe, o quanto antes colocar em prática, melhor", disse Gallo, na ocasião.
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