Brasil toma empate do Equador em jogo marcado por expulsões e uso do VAR
A seleção brasileira empatou hoje (27) com o Equador em 1 a 1 na abertura da 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar. Os gols que definiram o resultado no estádio Casa Blanca, em Quito, foram marcados pelo volante Casemiro logo aos cinco minutos do primeiro tempo e pelo zagueiro Torres já aos 29 minutos da etapa complementar.
A partida ficou marcada por enormes polêmicas de arbitragem: dois jogadores foram expulsos (Alexander Domínguez, do Equador, e Emerson Royal, pelo Brasil) e cinco marcações de campo importantes do árbitro Wilmar Roldán foram alteradas após consulta ao VAR. O goleiro brasileiro Alisson chegou a receber o cartão vermelho duas vezes, ambas anuladas, e dois pênaltis para o time da casa foram marcados no segundo tempo, além do lance de Domínguez, em que nem falta tinha sido marcada.
Já classificado para o Mundial, o Brasil avança para 36 pontos na liderança invicta das Eliminatórias, enquanto o Equador chega a 24, em terceiro lugar, e já começa a fazer contas pela sua vaga. Os jogos da próxima rodada vão ser na terça-feira (1). O Brasil recebe o Paraguai no Mineirão, às 21h30, enquanto o Equador atua como visitante diante do Peru uma hora e meia mais tarde.
Emerson Royal: pior em campo
Desconcentrado e afobado, Emerson Royal foi a pior notícia para a seleção brasileira contra o Equador. Pior para o coletivo, por causa da expulsão precoce que não deixou o time de Tite desfrutar da vantagem numérica conseguida instantes antes, e pior para o quesito individual, já que o cartão vermelho atrapalha a pretensão de sequência e oportunidades na disputa por uma vaga na lateral direita. Emerson atrapalhou até Coutinho, que precisou ser "sacrificado" para a recomposição da linha defensiva.
Quer cartão vermelho aí?
O árbitro Wilmar Roldán distribuiu três cartões vermelhos nos primeiros 25 minutos de bola rolando no Equador. O primeiro "premiado" foi o goleiro equatoriano Alexander Domínguez por causa de uma falta que tirou sangue do pescoço de Matheus Cunha — o árbitro, aliás, não tinha visto nem sequer falta antes de consultar a arbitragem de vídeo. Isso foi aos 12 minutos. Sete minutos depois foi a vez Emerson Royal atingir Estrada numa dividida e ganhar seu segundo amarelo. O primeiro tinha saído logo no minuto inicial do jogo, daí saiu a expulsão.
O terceiro expulso teria sido Alisson, duas vezes. O goleiro saiu da área para fazer um corte e deu um chutão na bola. Ao fim do movimento, sua perna atingiu o rosto de Enner Valencia, que caiu no chão. Roldán mostrou o vermelho direto para o brasileiro, mas novamente recorreu ao VAR e mudou a cor do cartão para o amarelo. Apesar das três paralisações, o primeiro tempo teve só nove minutos de acréscimo.
Na etapa final, Alisson saiu de soco na bola numa dividida com Ayrton Preciado já aos 46 minutos e o árbitro novamente marcou pênalti, além de ter mostrado segundo cartão amarelo e assim expulsado o goleiro brasileiro. As duas marcações foram anuladas após consulta ao vídeo.
Faltou bola no chão
O Equador começou mostrando suas credenciais, com muita velocidade nas pontas, mas tomou o gol do Brasil logo com cinco minutos, num lance de oportunismo de Casemiro. O que se seguiu daí foi um jogo recheado de polêmicas de arbitragem, revisões no VAR e pouca bola no chão. Dá para dizer que o primeiro tempo teve só uma única chance de gol, com Matheus Cunha num passe de Vinicius Júnior que passou perto da trave direita de Galíndez.
A etapa complementar teve um pouco mais de futebol. Uma batida de Casemiro do lado de fora da rede e uma jogada individual de Plata pela esquerda foram lances que levaram perigo. Aos nove minutos, Estupiñán caiu na área entre Daniel Alves e Raphinha e o árbitro marcou pênalti. Após consulta ao VAR, Roldán anulou a própria marcação, porque o equatoriano provocou o contato com o atacante do Brasil.
A seleção brasileira até melhorou depois deste lance, mas foi castigada com um gol do Equador em seu melhor momento na partida. Nesta hora, Tite havia refeito todo o ataque com as entradas de Antony, Gabriel Jesus e Gabigol e o time teve uma chance de gol aos 40, num chute cruzado do jogador do Flamengo defendido por Galíndez. Apesar da oportunidade, o desempenho foi bem abaixo do esperado.
Daniel Alves na história
Acionado aos 32 minutos do primeiro tempo na vaga de Philippe Coutinho por causa da expulsão de Emerson Royal, o lateral-direito Daniel Alves atingiu uma marca histórica no Equador. Foi seu 121º jogo pela seleção brasileira, número que o faz ultrapassar os 120 jogos de Rivellino como o terceiro jogador com mais partidas com a Amarelinha na história. Só Roberto Carlos (132) e Cafu (150) estão na frente. O jogador do Barcelona tem 38 anos e sonha em disputar a Copa do Mundo.
Os gols
O Brasil marcou em sua primeira chegada ao ataque, aos cinco minutos do primeiro tempo. Philippe Coutinho salvou uma bola de sair pela linha de fundo do lado esquerdo e levantou na área. Matheus Cunha cabeceou dentro da pequena área e a defesa do Equador se atrapalhou para afastar. Casemiro aproveitou a sobra para concluir a gol. O Equador empatou o placar aos 29 minutos do segundo tempo, num escanteio convertido por Torres de cabeça. Alisson até encostou na bola, mas não evitou o gol.
FICHA TÉCNICA
EQUADOR 1 x 1 BRASIL
Competição: Eliminatórias da Copa do Mundo, 15ª rodada
Local: estádio Rodrigo Paz Delgado (Casa Blanca), em Quito-EQU
Data/hora: 27 de janeiro de 2022, quinta-feira, às 18h (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Assistentes: Alexander Guzman e Jhon Leon (ambos da Colômbia)
VAR: Leodan González (Uruguai)
Cartões amarelos: Enner Valencia, Caicedo (Equador), Emerson Royal, Emerson Royal, Éder Militão, Alisson, Raphinha (Brasil)
Cartões vermelhos: Alexander Domínguez (Equador), Emerson Royal (Brasil)
GOLS: Casemiro, aos 5/1ºT (0-1), Torres, aos 29/2ºT (1-1)
EQUADOR: Alexander Domínguez; Angelo Preciado (Romario Caicedo, aos 20/2ºT), Torres, Hincapié e Estupiñán; Gruezo (Ayrton Preciado, aos 20/2ºT), Caicedo (Méndez, aos 40/2ºT), Allan Franco (Galíndez, aos 17/1ºT); Estrada (Carcelén, aos 40/2ºT), Plata e Enner Valencia. Técnico: Gustavo Alfaro
BRASIL: Alisson; Emerson Royal, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Philippe Coutinho (Daniel Alves, aos 32/1ºT); Raphinha (Antony, aos 17/2ºT), Vinicius Júnior (Gabriel Jesus, aos 17/2ºT) e Matheus Cunha (Gabigol, aos 33/2ºT). Técnico: Tite
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