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'Eu não era marrento. Eu era confiante', diz Romário

Ex-atacante abordou fama de "marrento" que carregou durante boa parte da carreira no futebol - Ormuzd Alves/Folhapress
Ex-atacante abordou fama de "marrento" que carregou durante boa parte da carreira no futebol Imagem: Ormuzd Alves/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

28/01/2022 20h06

Para muitos torcedores, o ex-atacante Romário era um jogador "marrento" dentro dos gramados. Esta fama, no entanto, não segue o que pensa o próprio Baixinho.

Em depoimento divulgado hoje no "The Players Tribune", o ex-atleta se classifica apenas como "confiante" por acreditar no que era "capaz de fazer".

"Eu não era marrento. Eu era confiante. Por exemplo, quando eu nasci, papai do céu olhou pra mim e disse: 'ele é o cara'. As pessoas entendem isso como uma forma de ser marrento, arrogante, sincero, tanto faz. Mas, cara, essa é a realidade", iniciou.

"As pessoas falavam: 'pô, o Romário gosta de noite, o Romário não gosta de treinar, o Romário é mulherengo'. Mas aí, no jogo, eu metia três, quatro gols e a coisa mudava: 'ah, o cara é f***!. Ele é marrento, mas corresponde em campo'. Isso é ser marrento? Não! É confiar no seu taco, no que você é capaz de fazer. Mas eu também tive a minha fase de fanfarrão (risos)", prosseguiu o Baixinho.

Romário, que hoje atua como senador pelo PL-RJ, disse ainda que se considera o melhor finalizador do futebol.

"Sempre me considerei o melhor. Quando digo isso, quero dizer o melhor finalizador. Se é impossível de eu finalizar, eu passo a bola para outra pessoa. Se é quase impossível, eu tento finalizar. Essa é a lógica: se eu não conseguir, outro companheiro com certeza não vai. E eles sabiam disso, tanto é que davam a bola para mim. Porque era o melhor para o time. É que nem no basquete, quando você precisa fazer uma cesta de três pontos nos últimos segundos. Você dá a bola pra quem? Pro Michael Jordan", finalizou.