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Tite promete seleção jovem e prevê Neymar, Vini e Paquetá juntos no futuro

Tite durante entrevista coletiva da seleção brasileira nesta segunda-feira (31) - Reprodução/CBF TV
Tite durante entrevista coletiva da seleção brasileira nesta segunda-feira (31) Imagem: Reprodução/CBF TV

Gabriel Carneiro e Igor Siqueira

Do UOL, em Belo Horizonte

31/01/2022 12h43

Tite deixou para o treino da tarde a revelação de como a seleção brasileira vai enfrentar o Paraguai. Mas a entrevista coletiva do fim da manhã de hoje (31), véspera da partida pelas Eliminatórias, veio com a informação de que será um Brasil jovem a entrar em campo no Mineirão, em Belo Horizonte. Até por isso o treinador pediu o abraço da torcida — mais de 30 mil ingressos já foram vendidos.

De antemão, já se sabe que haverá alterações no time que enfrentou o Equador, semana passada, até pelas declarações recentes do treinador de dar alguma rodagem ou chance dentro de um time "estruturado", como gosta de dizer.

"Local que abraça e incentiva o atleta sente isso, olho para o Juninho e o César, e tu te sente fortalecido, confiante. Inclusive para errar, futebol é jogo de erro, não de ser perfeito, mas ser corajoso. Nesse âmbito maior que o nicho futebol é, é uma forma de o time e esses jovens, porque terá bastante jovens, se sentirem verdadeiramente confiantes. Que a camisa amarela seja de responsabilidade, mas também seja de alegria e de confiança", afirmou Tite.

Na cabeça do treinador, já com a segurança da vaga na Copa do Mundo, a ideia é casar desempenho individuais e coletivos a serviço da seleção.

Hoje, Neymar não está na delegação. E é impensável não contar com ele, em condições normais e saudáveis. A equação na cabeça de Tite ainda tem um Vini Jr. voando no Real Madrid — mas ainda devendo na seleção — e um Paquetá consistente, tanto no Lyon, quando com a Amarelinha.

Perguntado se um casamento entre os três é possível, o técnico não titubeou:

"Dentro das características e dos modelos de cada um. Curto e grosso, papo reto, sim, eles podem jogar juntos".

Isso significa que, para um futuro bem próximo, ele vai ter que escolher, por exemplo, se mantém Fred no meio-campo ou abdica dos atuais nomes usados como centroavantes.

Mas antes de avançar nas projeções futuras, há um Paraguai a se enfrentar. E dentro desse contexto de estrutura e desempenho do time, Tite tem se incomodado com a falta de efetividade. A referência mais recente, o jogo maluco contra o Equador, não o deixou satisfeito. Diante dos paraguaios, vem a chance de melhora.

"Quando falo de efetividade, é oportunidades que tu cria no último terço e traduz em fazer gols, uma virada de pé, uma precisão de uma chapinha, uma tirada do goleiro, para criar e ter essas oportunidades. Se o goleiro é o melhor em campo, ok. Não coloquei que foi o jogo ideal. Criou, nesses últimos jogos teve mais finalização, mais finalização precisa, e poderia ter traduzido em resultado melhor, que é a nossa busca", disse Tite.

O Brasil enfrenta o Paraguai, amanhã (1), às 21h30, no Mineirão. A seleção é líder das Eliminatórias, com 36 pontos: são 14 jogos, 11 vitórias e três empates. A invencibilidade persiste.