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Sylvinho revive pressão, mas Corinthians mantém apoio e evita cobranças

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

01/02/2022 04h00

Sylvinho mal começou a temporada 2022 e já lida com duas velhas conhecidas do ano passado: a pressão externa e a cobrança por resultados. Depois da vitória do último domingo (30), fora de casa, diante do Santo André, o comandante voltou a ser criticado pela postura do Corinthians em campo e teve seu nome vinculado às manifestações nas redes sociais. A diretoria, no entanto, não cede à opinião dos descontentes e dá todo o respaldo ao treinador para continuar seu trabalho no CT Joaquim Grava.

O grupo que pressiona o presidente Duilio Monteiro Alves a tirar Sylvinho do comando é diverso, composto desde membros das principais organizadas do clube até nomes influentes na política interna. O entendimento deles é de que Sylvinho entrega muito pouco com o elenco que tem em mãos e não consegue implementar variações táticas na equipe, o que deixa o coletivo previsível e dependente das jogadas individuais.

Apesar do barulho das críticas e do incômodo que elas geram, o treinador não corre o risco de perder o cargo no curto prazo. O elenco está apenas em seu 23º dia de trabalhos desde o início da temporada e, até agora, teve apenas dois jogos pelo Paulistão para mostrar serviço. Atletas importantes, como são os casos de Willian, Renato Augusto e Paulinho, ainda nem sequer estão em sua melhor forma física e, portanto, impossibilitados de disputarem os 90 minutos das partidas.

A diretoria pensa no longo prazo e quer um time forte para o início da Copa Libertadores e Copa do Brasil. Por isso, entende que o grupo precisa de mais jogos e mais treinos para conseguir o entrosamento e aplicar as ideias da comissão técnica. Ao contrário do que se pensava antes do início da temporada, o clube não tratará o Paulistão como um laboratório de testes, mas também não quer se apressar nas cobranças.

Os relatos ouvidos pela reportagem são de que Sylvinho vive para o trabalho no Corinthians. Longe da família, que se manteve na Europa, o treinador passa de 12 a 15 horas diárias no CT Joaquim Grava preparando treinamentos, buscando melhorias ao time e estudando os adversários. Pesa a favor do comandante a boa relação com atletas, funcionários, membros da diretoria, e o bom ambiente interno.

Além disso, os resultados do ano passado levaram o Corinthians de volta à fase de grupos da Copa Libertadores após três temporadas de ausência. Neste início de Campeonato Paulista, embora a diretoria reconheça os problemas coletivos, a equipe empatou com a Ferroviária se impondo em casa e, longe de seus domínios, bateu o Santo André, mesmo escalada com um time misto e repleto de desfalques.

O próximo compromisso do Corinthians é o clássico com o Santos, na Neo Química Arena, amanhã (2), às 21h35 (horário de Brasília). O jogo marca o reencontro do técnico Sylvinho com a torcida após as vaias na rodada passada, no Bruno José Daniel.

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