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Dez segredos e curiosidades de Marcos Leonardo, nova esperança do Santos

Marcos Leonardo comemora gol do Santos marcado contra o Corinthians - Divulgação/Santos FC
Marcos Leonardo comemora gol do Santos marcado contra o Corinthians Imagem: Divulgação/Santos FC

Lucas Musetti Perazolli

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

04/02/2022 04h00

Marcos Leonardo é a grande notícia do Santos neste início de 2022. O novo camisa 9 do Peixe foi mantido até 2026 após longa negociação pela renovação do contrato e não demorou a mostrar que valeu a pena.

Aos 18 anos, Marcos Leonardo fez os dois gols da vitória do Santos por 2 a 1 sobre o Corinthians na Neo Química Arena. Ele quebrou um duplo jejum do Peixe e mostrou personalidade ao pedir silêncio, dançar e mandar beijos para a torcida do rival.

O centroavante é precoce e acumulou recordes na base. Fora de campo, tem rotina de adulto desde muito jovem e se preparou por anos para estar no elenco profissional do Santos.

O UOL Esporte reuniu segredos e curiosidades do artilheiro santista. Acompanhem:

Lição de casa

Desde o sub-13, Marcos Leonardo consome futebol nacional e internacional com Marcos Santos Almeida, seu pai. O Menino da Vila pedia para ver e rever lances de Cristiano Ronaldo e Ricardo Oliveira, dupla que tomou como referência. Já o pai de Marcos mostrava imagens de Ronaldo e Romário, seus ídolos na posição, menos acessíveis à geração do filho.

A ideia era ver os movimentos e tentar repetir nos treinos e jogos da base. Outro hábito é conversar diariamente sobre as atividades no CT e analisar juntos as partidas disputadas pelo atacante. A família fazia questão de contratar quem pudesse gravar os duelos nas categorias inferiores.

O primeiro gol contra o Corinthians foi de bico —uma das características marcantes do jogo de Romário, aliás. O pai brincou com o camisa 9 do Santos após o clássico sobre ter valido a pena assistir os vídeos do "Baixinho".

Linha dura

Marcos Leonardo tem rotina de atleta profissional desde a base. A família pega no pé do atacante sobre alimentação e descanso. Os "excessos" são permitidos raramente.

Outro fato é o trabalho extra de preparação física. No CT Rei Pelé, o jogador costuma treinar a mais. Fora das dependências do Santos, tem um reforço com personal trainer.

Um desses extras no CT é a finalização com a perna esquerda. Destro, Marcos Leonardo se cobra —e é cobrado pelo pai— desde a base para usar a canhota com frequência. Dos 13 gols do atacante pelo Santos, seis foram com a esquerda.

Marcos Leonardo, no sub-13 do Santos - Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC - Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
Marcos Leonardo, no sub-13 do Santos
Imagem: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Prodígio

Nascido em Itapetinga (BA), Marcos Leonardo teve o pai como primeiro técnico em um projeto social. O atacante se destacou e se mudou com a família para Taubaté, onde passou a treinar em uma das escolinhas Meninos da Vila.

A família veio com pouco dinheiro para morar na casa de um primo. Marcos Leonardo foi aprovado em um primeiro teste no Santos, mas a diretoria mudou antes de ele se apresentar. Precisou, então, entrar em outra peneira. A resposta seguiu positiva e ele chegou à base do Peixe aos 11 anos.

9 desde sempre

Marcos ganhou notoriedade na base no sub-13, quando fez os três gols do empate em 3 a 3 com o Palmeiras no CT do rival. Até ali, existia um temor por dispensa. A partir desse clássico, os olhos mudaram para o garoto.

Marcos Leonardo foi recordista: superou craques como Neymar, Gabigol e Rodrygo e foi o artilheiro máximo do Campeonato Paulista sub-13 (25 gols) e Campeonato Paulista sub-15 (36 gols). Ele subiu cedo ao profissional, com 16 anos, e mesmo assim totalizou mais de 100 gols na base.

O bom desempenho na base do Santos levou Marcos Leonardo a convocações para seleções brasileiras sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20. Na sub-20, é capitão com frequência do time.

Camisa 9 no Santos e na seleção, Marcos subiu para o profissional com a 36. A escolha se explica pela soma de 3 + 6. Com contrato renovado, a promessa não precisou mais fazer conta e ganhou a camisa que o acompanha desde a infância.