Ganso vira motivo para torcida do Flu vaiar Abel após três jogos no Carioca
Identificado com o Fluminense, onde iniciou a carreira como jogador e foi campeão do Brasileiro de 2012 como técnico, Abel Braga inicia a quarta passagem pelo clube tendo alguns pontos de incongruência com a torcida, que não escondeu a insatisfação na vitória sobre o Audax Rio. Ontem (3), o motivo da discórdia foi o meia Paulo Henrique Ganso, que não foi utilizado.
Das vaias aos gritos de "burro", os torcedores na arquibancada do Luso-Brasileiro não pouparam críticas, e o tema ganhou relevância mesmo frente a um triunfo que fez o time das Laranjeiras entrar no G4 do Estadual.
Apesar da entrada de dois nomes que vem sendo alvo de reprovação, como Caio Paulista e Wellington, a atitude após a terceira partida do ano dá indícios de uma relação que parece já ter começado desgastada, a despeito da história de ambos os lados.
Diante do cenário, após o jogo, Abel teve de responder sobre Ganso, e demonstrou entender a torcida, mas afirmou que vai manter as convicções naquilo que acredita ser necessário para conquistar o resultado positivo. Por outro lado, não descartou usar o camisa 10 em breve.
"Futebol vai ser sempre amor e ódio [vaias da torcida]. O Ganso é um atleta, faz parte do grupo, tem trabalhado bem. Era um jogo que nós pensávamos em colocá-lo, mas ficou um jogo com uma intensidade muito grande. Quando menos se esperar, ele vai entrar. Assim é o futebol. Eu tenho de tentar analisar com a minha cabeça, porque a que rola é a minha. O Ganso faz parte do grupo, estava ali disponível para entrar. Não foi hoje [ontem], quem sabe no próximo. Vamos ver", disse.
Ganso não atua desde agosto do ano passado, quando entrou em campo contra o Barcelona de Guayaquil, no Equador, no jogo da volta pelas quartas de final da Libertadores. Na ocasião, ao tentar uma bicicleta, caiu sobre o braço e sofreu uma fratura.
Abel Braga tem a confiança da diretoria, e chegou ao Fluminense com a missão de comandar o time que, nesta temporada, além de ter competições importantes pela frente — principalmente a Libertadores — tem um elenco com nomes experientes e que geram expectativas.
Na arquibancada, ao menos até aqui, os ecos não se encontram na mesma intensidade. E a derrota para o Bangu, na estreia, ampliou ainda mais esta conjuntura. Mesmo nos triunfos, análises negativas aconteceram.
O treinador vem fazendo testes e implementando uma nova formação, com três zagueiros. Até o momento, utilizou o 3-5-2 e o 3-4-3, e fez mudanças de peças entre os jogos. Domingo, porém, o primeiro clássico, e contra o rival Flamengo, que desde 2019 se tornou o time a ser batido no Rio de Janeiro.
"Pedreira, né. Não vai ser diferente. [Estão] Motivados, novo treinador, sempre uma equipe forte, mas o Fluminense não se rende pra ninguém. Vamos pensar em uma estratégia e jogar sempre com o pensamento que vamos vencer, e é o que nós queremos. O respeito é mútuo, ainda mais por conta dos últimos resultados. Nós vamos com uma convicção muito grande de fazer um bom jogo", afirmou.
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