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Carille evita críticas a arbitragem e vê 2º tempo ruim: 'ficamos abaixo'

Fábio Carille lamentou queda de rendimento do Santos na etapa final contra o Guarani - Ivan Storti/Santos FC
Fábio Carille lamentou queda de rendimento do Santos na etapa final contra o Guarani Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/02/2022 18h46

O lance confuso da arbitragem no empate entre Santos e Guarani, que culminou no gol do Bugre, de pênalti, não foi a principal preocupação do técnico Fábio Carille na tarde desse domingo (6). Para o comandante santista, a queda de rendimento na etapa final foi o que mais lhe incomodou na partida.

"Foram dois tempos bem diferentes. Do primeiro tempo que eu gostei. O segundo tempo não consigo entender o porquê caiu. Se foi pela arbitragem estamos errados. Isso não pode nos influenciar. Ficamos abaixo. Pode ser pela parte física? Pode. Mas precisamos crescer como equipe, coletivamente e fisicamente. Tivemos jogadores que não conseguiram fazer a pré-temporada, mas acredito que o primeiro tempo vai ser a cara do nosso time na temporada", avaliou o treinador.

Para Carille, as razões pelas quais o goleiro João Paulo teve de trabalhar tanto, sendo o melhor em campo no Brinco de Ouro da Princesa, foram o posicionamento do sistema defensivo e os jogadores bugrinos vencendo a maioria das disputas pelo meio-campo.

"Contra o Corinthians conseguimos bloquear bem. Hoje deixou a desejar. Ficamos desprotegidos. Jogadores levando o time de fora pra dentro e conseguindo finalizar. Por outro lado, faltou um pouco também de uma disputa melhor, todas ficaram com o Guarani. Sabíamos que o jogo deles é de competição. Deixamos a desejar nisso. Vou levar pelo crescimento no quarto jogo de competição, menos de um mês de temporada. Segundo tempo foi muito abaixo, mas estamos numa crescente", disse ele.

O Santos volta a campo na próxima quinta-feira (10), às 19h, contra o São Bernardo, na Vila Belmiro.

Revisão do VAR demorou cinco minutos

O Guarani teve a oportunidade de empatar o jogo aos oito minutos do segundo tempo. Após defesa de João Paulo, Yago converteu, mas a arbitragem anulou o lance. Primeiro, por invasão do autor do gol, a indicação do VAR era de falta para o Santos. Depois, a arbitragem se corrigiu e mandou os donos da casa baterem de novo. A revisão chegou a durar cinco minutos.

Se Carille evitou as críticas, o goleiro do Peixe não se poupou ao comentar sobre o lance.

"Eles precisam ter convicção no que eles fazem. O árbitro falou que foi o jogador deles que invadiu, depois falaram que foi um nosso que invadiu. Infelizmente estragaram o espetáculo", afirmou João Paulo logo após o jogo.

Confira outras respostas de Carille na coletiva de imprensa:

O time está como você quer que esteja no começo de ano?

Não. O único time no futebol paulista que está com conjunto é o Palmeiras. O restante está buscando. Há uma mudança que é significante. O trabalho dos zagueiros, dos alas, dos jogadores de dentro e a forma de marcar. Tinha medo de mudar isso contra o Corinthians. O que fizemos hoje é o que acreditamos que seja o melhor pro Santos. Até dia 13 de novembro serão jogos em cima de jogos. Precisamos melhorar o desempenho dentro de casa, apesar de termos feito um jogo em casa.

O que trabalhar no começo de semana?

Só temos praticamente um dia de trabalho. Amanhã é recuperação. Terça a gente entra. Precisamos saber por que o segundo tempo foi tão abaixo, e repetir, levar a mesma ideia para dentro de campo.

Conta com a chegada de um volante marcados? O time foi frágil na entrada da área?

Hoje deixamos a desejar. Chutaram demais no João Paulo. Contra a Inter e Botafogo tivemos dificuldades. Temos de sentar e analisar o que precisamos fazer para que a gente possa melhorar. Os jogadores vão chegando aos poucos. O Santos não para, está atento ao mercado dentro da realidade do Santos e vemos jogadores para alguns setores, e esse talvez seja o setor onde pode chegar mais um jogador.

O que aconteceu de errado na defesa?

Chamei atenção no intervalo sobre isso: chutaram demais contra o João Paulo. Claro que ali à beira do campo temos uma visão. Amanhã com vídeo e conversa com a comissão buscaremos entender, mas uma coisa é certa: não posicionamos bem. Falhamos nisso e precisamos melhorar.