É revanche, mesmo: Palmeiras e Al Ahly repetem 70% dos elencos de 2021
O multicampeão Palmeiras de Abel Ferreira apresenta algo bem raro no futebol brasileiro: a continuidade no trabalho de uma comissão técnica e a manutenção de elenco. Para o Al Ahly, gigante egípcio que vai mais uma vez desafiar o time alviverde no Mundial de Clubes, porém, esse é um aspecto comum. A base de ambos vai medir forças novamente na próxima terça-feira (8), pela semifinal, com elencos que perderam poucas peças desde então.
Do elenco alviverde que acabou derrotado pelo Al Ahly na dispua pelo terceiro lugar no ano passado, se pegarmos a formação titular mais usada por Abel, somente Luiz Adriano deixou o clube. Outras peças relevantes que saíram foram o atacante Willian e o volante Felipe Melo. Se considerados os 23 inscritos na edição de 2020, o clube alviverde conta repete 15 nomes —ou 65%— em seu atual elenco.
Em contrapartida, apesar das três saídas, o Verdão ganhou importantes reforços desde o desempenho decepcionante no Qatar, um ano atrás. Entre eles, o retorno do ídolo Dudu e as chegadas do lateral-esquerdo Piquerez, o meia Atuesta, o atacante Rafael Navarro e o volante Jailson.
A situação se repete no Al Ahly, que tem em seu elenco 74% dos atletas levados ao Mundial passado: são 17 de 23, além de três que saíram por empréstimo, mas pertencem ao clube egípcio.
Se somados, portanto, os 23 inscritos dos paulistas e egípcios no Mundial do ano passado, a média é de aproximadamente 70% dos elencos mantidos entre os 46 atletas das duas equipes.
No entanto, apesar de ter assegurado a manutenção dos seus jogadores, nem todos eles atuarão nos Emirados Árabes, pois o time teve de lidar com vários desfalques na estreia contra o Monterrey: seis deles com o Egito na Copa Africana de Nações, três lesionados e um se recuperando da covid-19.
Alguns dos que disputarão a final continental pelo Egito na tarde de hoje (5) estão inscritos no Mundial, ainda devem se juntar à equipe a tempo de atuar pela semifinal.
Manutenção dos técnicos bicampeões
Para além da manutenção dos elencos, outro ponto coincidente entre os dois adversários de terça é a continuidade do trabalho de Abel Ferreira e Pitso Mosimane no comando das duas equipes. O sul-africano chegou ao Al Ahly no fim de setembro de 2020, e Abel foi confirmado no Palmeiras um mês depois.
Dois meses bastaram a Mosiname para faturar a primeira Champions League africana com sua nova equipe, diante do rival Zamalek, também do Egito, em 27 de novembro. Ao português, foram necessários três meses para a consagração continental, também diante de um rival local, o Santos, em janeiro do ano passado.
Com o ótimo início, ambos foram mantidos no cargo e se sagraram bicampeões continentais na última temporada: o Al Ahly superou o Kaizer Chiefs, da África do Sul, por 3 a 0, enquanto o Verdão bateu o Flamengo por 2 a 1.
Diferentemente de Abel, porém, Mosiname já possuía uma carreira vitoriosa antes de seu atual time. Em seu país de origem, pelo Mamelodi Sundowns, o treinador faturou o Campeonato Sul-Africano cinco vezes e a Liga dos Campeões da África, em 2016, entre outras copas domésticas.
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